O grupo Telefónica deve dar início mundialmente nos próximos dias a uma ampla reestruturação a fim de cortar custos para enfrentar o prejuízo acumulado este ano. Em seu último balanço trimestral, a empresa anunciou que atingiu perdas líquidas de ? 5,03 bilhões nos nove primeiros meses de 2002, atribuídas principalmente a perdas com o mau desempenho de sua operação na Argentina e à desvalorização da moeda daquele país.
Segundo fontes do mercado, a redução de estrutura empresarial começará a ser sentida de forma acentuada no Brasil ainda esta semana, com cortes inclusive de vice-presidências e de outros cargos executivos. A tendência mundial, dizem as mesmas fontes, é de que a companhia volte a ter o perfil das tradicionais ?telcos?, ou seja, com a maior parte de suas atividades abrigadas sob uma mesma companhia em vez das diversas divisões existentes atualmente.
Desta forma, operadoras como Emergia (cabo submarino que interliga as Americas) Telefônica Empresas, assim como as de outras atividades acessórias às telecomunicações, como o call center Atento e a editora TPI de listas telefônicas, poderão se tornar unidades de negócios em lugar de empresas à parte. Além disso, dentro do próprio negócio principal, deve haver o aproveitamento de sinergias no sentido de também efetuar cortes e reduzir gastos. O grupo espanhol conduz as mudanças com o auxílio de consultorias externas, como a Cap Gemini Ernst & Young, McKinsey e Accenture.
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