Para Manoel Ribeiro, diretor superintendente da Brasil Telecom, a licitação do SMP foi um sucesso para a operadora: "Tivemos um aproveitamento de 100%, com ágio de apenas 3,6%". A BrT apresentou propostas para os lotes 4, 5 e 6 e apenas no lote 4 a empresa concorreu com a Albra/ATL (do consórcio Telecom Americas), que sequer chegou a participar do repique. Manoel Ribeiro não quis falar sobre valores do investimento, mas disse que a intenção da empresa é aproveitar a operação fixa para uma sinergia de serviços e compartilhamento de infra-estrutura.
O compartilhamento também deverá ser negociado com outras operadoras de telefonia móvel, o que deve reduzir ao máximo os custos de implantação do sistema.
A não-antecipação das metas de universalização de 2003 pela BrT pode ser um empecilho, já que o prazo para início da operação móvel é de doze meses. Se os contratos forem assinados ainda em dezembro deste ano, a BrT talvez tenha que adiantar o cumprimento em alguns meses. Se a assinatura dos termos for feita ano que vem, o prazo será automaticamente cumprido. "Nós não antecipamos as metas de 2003, mas sempre cumprimos as metas, por isso não deve haver problema para o início da operação", explica Ribeiro.
Quanto à reação negativa do mercado, que derrubou as ações da empresa quando foi anunciada a entrada na licitação, Manoel Ribeiro disse: "Os analistas precisam entender que o espectro de radiofreqüências é um bem finito. Apenas isto seria motivo suficiente para justificar nossa entrada. Mas também é preciso levar em consideração os preços das licenças e as condições de pagamento", explica o diretor da BrT.