A Telebras realizou esta semana o pregão (na prática, uma mesa de negociação) para a contratação dos seis gateways que serão utilizados na operação do serviço de banda Ka do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicação (SGDC), que entra em operação no final do ano. Os resultados só devem ser conhecidos depois de fevereiro, após a análise da documentação, mas um fato chamou a atenção dos participantes: os valores muito abaixo do valor de referência oferecidos pelos participantes. Os valores não são oficiais, pois há cláusulas de confidencialidade, mas segundo fontes de mercado, o valor de referência colocado pela estatal girava em torno de R$ 150 milhões, e os valores finais ficaram, segundo fontes do mercado, bem abaixo dos R$ 10 milhões, o que teria causado surpresa entre os participantes e à própria estatal. Por esta razão, será feita uma verificação mais cuidadosa sobre a capacidade dos vencedores, segundo apurou este noticiário. Apesar da diferença de valores, o edital foi acompanhado pelo TCU, o que dá mais segurança.
Logo na abertura das primeiras propostas já ficou claro que a Telebras economizaria uma quantidade significativa de recursos, pois as primeiras propostas eram de um décimo do valor de referência. Após os repiques, o valor ficou ainda menor.
A Telebras corre para viabilizar o cronograma apertado de preparação da operação de satélite, já que o lançamento do SGDC está programador para o final de 2016. Segundo fontes que acompanham o desenvolvimento do projeto, já existem pré-contratos sendo negociados para o satélite que, se confirmados, superariam 40% da capacidade comercial prevista (a Defesa deve ter cerca de 40% da capacidade total do satélite para suas aplicações militares). O SGDC atenderá à demanda de banda larga sobretudo em regiões remotas com banda Ka.