Desta vez o marketing estaria correto ao dizer que uma empresa surpreendeu: a Nokia, ou o que realmente ficou da empresa finlandesa em conjunto com as divisões de infraestrutura (Nokia Networks) e mapeamento (HERE) após a venda da área de handsets para a Microsoft, anunciou nesta terça-feira, 18, que lançará um tablet. Trata-se do N1, um dispositivo Android com design semelhante ao do iPad Mini e que é desenvolvido, fabricado, distribuído e vendido pela Foxconn em regime de parceria de fabricante original de equipamento (OEM).
É surpreendente porque o anúncio do dispositivo acontece pouco depois de a Microsoft ter oficialmente matado a marca Nokia em seus smartphones Lumia e celulares. Além disso, esperava-se que a companhia finlandesa permanecesse apenas em suas áreas mais rentáveis, com a Nokia Networks. Também causa surpresa que a empresa tenha optado por lançar um tablet em regime de OEM e com o sistema operacional do Google, prática comum entre outras empresas.
O que o N1 traz de diferente na versão Lollipop (5.0) do Android é o Z Launcher, uma espécie de widget que permite ao usuário desenhar uma letra para achar o conteúdo que deseja. O recurso ainda aprende que aplicativos estão em uso e consegue prever e destacar os apps que o usuário costuma querer abrir baseado em local e hora do dia.
O tablet conta com tela IPS Gorilla Glass 3 de 7,9 polegadas com resolução 2048 x 1536 pixels, tem espessura de 6,9 mm e 318 g de peso. O processador é um quad-core 64 bits Intel Atom Z3580 de 2,4 GHz, com GPU PowerVR G6430. Ele conta ainda com 2 GB de RAM, além de câmera frontal de 5 megapixels e traseira de 8 megapixels capazes de gravar vídeo em 1080p. Destaque para o novo conector micro USB 2.0 reversível (Tyoe C), que permite que ele se encaixe em qualquer forma (e não apenas de um lado para cima, como os USB comuns) e promete velocidade de até 1,25 Gbps no cabo se inserido em um outro conector Type C.
Inicialmente, a Nokia planeja vender o N1 na China no primeiro trimestre de 2015 por um preço estimado de US$ 250 sem impostos. Ela promete, no entanto, expandir a venda do aparelho para outros mercados.
