Desde 2006, a Cemig, distribuidora de energia elétrica em Minas Gerais, tem sofrido com constantes roubos de baterias nas estações que abrigam suas antenas para comunicação de dados via rádio. Em três anos, a empresa contabiliza um prejuízo de aproximadamente R$ 500 mil com esses furtos. "Os ladrões arrombam as portas das estações ou mesmo quebram as paredes para furtar baterias de nossas estações repetidoras de sinal", relatou o engenheiro Maurício Fagundes, da equipe de manutenção de telecomunicações da Cemig, durante palestra no Seminário Nacional de Telecomunicações 2008 Aptel, realizado nesta quinta-feira, 18, no Rio de Janeiro.
O problema de furto de baterias é enfrentado também por operadoras celulares no Brasil inteiro, como relatado em matéria da revista TELETIME de maio passado. Para resolver o problema, a Cemig tem tomado uma série de providências, dentre as quais: reforço de portas e janelas das estações; instalação de grades; instalação de sistemas de alarme com discadores que ligam automaticamente para a polícia; contratação de viaturas de apoio; e até mesmo rastreamento via satélite de baterias falsas, que serviriam como isca para os bandidos.
"Também estudamos a possibilidade de instalação de câmeras em algumas estações", disse Fagundes. Ele informou que está sendo avaliado, junto a operadoras de telefonia que atuam em Minas Gerais, a possibilidade de se criar uma espécie de sistema de informações sobre furtos de infra-estrutura. Cada empresa informaria a um banco de dados central toda vez que tivesse uma instalação sua atacada. Acessando esse sistema, outras empresas poderiam saber rapidamente sobre quais localidades têm sofrido mais ataques e assim se protegeriam melhor.
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