NII vende Nextel Chile para grupo de investidores internacionais

Com compromissos de dívida a cumprir, a NII Holdings tenta buscar opções estratégicas e confirmou ao mercado nesta segunda-feira, 18, por meio de comunicado na comissão de valores dos Estados Unidos, a SEC, que entrou em acordo para a venda da Nextel Chile por um valor não informado. O comprador foi o Fucata S.A., um grupo baseado no Uruguai, mas composto por empresas da Argentina, EUA e Reino Unido (Grupo Veintitrés, Optimum Advisors e ISM Capital, respectivamente). A transação, realizada por meio das subsidiárias NII Mercosur Telecom, NII Mercorsur Móviles e NII International Telecom, prevê que a Fucata compre toda a participação societária da Nextel Chile.

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Mas a venda dos ativos chilenos não será o suficiente para amenizar os problemas da companhia. A NII já antecipava que a venda dessa operadora, somada à da Nextel Argentina, não totalizaria mais do que US$ 50 milhões de impacto contábil em 2014. Em uma apresentação que foi publicada na última sexta-feira, 15, a empresa informou que o "valor remanescente dos ativos da Nextel Chile não seria recuperável" e reconheceu um valor de encargos de depreciação de ativos de US$ 127,5 milhões.

Em fevereiro, o CEO da NII, Steve Schindler, confessou que considerava vender as operações no Brasil ou no México, mas procurou afastar rumores nos outros países latino-americanos onde a empresa atua. "Não há nenhum mercado específico que queiramos vender, falamos apenas que no Chile e na Argentina vamos minimizar investimentos e maximizar caixa", disse ele.

No entanto, a venda de ambas era especulada desde junho. À época, a agência de notícias Bloomberg afirmou que a venda das operações argentinas teriam sido concretizadas por US$ 250 milhões para a Investidora Mundial, sociedade formada pelos empresários locais Matías Garfunkel e Sergio Szpolski (que também é sócio do Grupo Veintitrés).

A operação chilena não foi sequer mencionada durante o último balanço financeiro da controladora, apresentado há uma semana e que revelou que a empresa estaria com problemas financeiros que a fariam "provavelmente" pedir a recuperação judicial (Chapter 11). A NII Holdings tenta agora negociar prazos e condições para o pagamento de dívidas com credores, tendo já anunciado não ter condições de pagar juros de US$ 118 milhões na última sexta-feira.

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