Em painel sobre transmissão de TV via telefonia móvel realizada durante o MipTV (um dos maiores eventos de conteúdo da Europa, realizado esta semana, em Cannes), a conclusão foi de que ela ainda não decolou nos mercados europeus. O atraso é atribuído ao custo médio do aparelho (cerca de 320 euros) ou à mensalidade média cobrada para o serviço (7 euros para o conteúdo de TV aberta, que no Brasil será, teoricamente, gratuito). Mas o que mais pesa parece ser a contradição entre o padrão das transmissões e os hábitos de consumo dos usuários: a maioria quer assistir à TV no celular em ambientes fechados e no mesmo horário nobre da TV convencional, como alternativa ao principal televisor da residência. Ou seja, dentro de casa, onde o sinal não tem atingido a qualidade esperada pelos usuários.
"Nossos aparelhos são rádios e já somos os maiores fabricantes de câmeras fotográficas", afirmou Harri Mannisto, da Nokia, lembrando que os handsets com TV recebem até 50 canais de TV e 100 canais de rádio.
Convergência
