Assim como o Brasil, a Argentina também decidiu destinar toda a faixa de 6 GHz (5.925- 7.125 GHz) para serviços não licenciados de WiFi, liberando amplo espaço para equipamentos WiFi 6E no país.
O anúncio foi realizado pelo Ente Nacional de Comunicaciones (Enacom) argentino e pelo ministro da Economia do país, Sergio Massa, durante em evento em Buenos Aires na última terça-feira, 16. O encontro contou com a participação das empresas Meta, Intel, Qualcomm, Amazon, Broadcom, Cisco, HPE, Microsoft, Apple, Google e Federated Wireless, além da Dynamic Spectrum Alliance (DSA).
"Esta decisão está em linha com o que já foi definido por nove países das Américas, que reúnem um total de 78% da população do continente e 254 milhões de domicílios, e pode trazer benefícios econômicos para a Argentina", afirmou a Enacom, na ocasião.
"Existem no mercado mais de 1,2 mil dispositivos que operam nesta banda (WiFi 6E), entre computadores pessoais, smartphones, pontos de acesso e TVs, e que podem ser colocados em uso, pois não requerem a obtenção de um licença, mas apenas a homologação do equipamento", completou a entidade.
Assim como no Brasil, a destinação da banda inteira de 6 GHz para os serviços foi na contramão do defendido por operadoras móveis e fornecedoras de equipamentos para redes de acesso. Entidade representativa da cadeia, a GSMA defendia uma abordagem "balanceada" que chegou a ser considerada na Argentina – com apenas 500 MHz do 6 GHz para serviços não licenciados e o restante, podendo ser alocado para eventuais usos licenciados, como o 5G.
Além da Argentina e Brasil, Peru e Colômbia também são países da América Latina que optaram pelo 6 GHz inteiro para serviços não licenciados. No Chile, decisão neste sentido chegou a ser tomada mas foi revertida em 2022, com parte da banda sendo reservada para eventual uso por celulares. Abordagem similar foi adotada no México.