As receitas operacionais da Nextel Brasil caíram 8,4% no terceiro trimestre, totalizando US$ 260,798 milhões, segundo balanço financeiro publicado na segunda-feira, 14. No acumulado de janeiro a setembro, a queda foi de 24%, totalizando US$ 736,469 milhões. As receitas com serviços caíram 4,02%, totalizando US$ 255,7 milhões no trimestre. As receitas com vendas de handsets e acessórios caíram 72%, total de US$ 5,1 milhões.
O lucro operacional antes de depreciação e amortização (OIBDA) ajustado, no entanto, saiu de prejuízo de US$ 10,808 milhões para lucro de US$ 23,636 milhões no trimestre. Considerando os nove meses de 2016, o total foi de US$ 51,519 milhões, contra prejuízo de US$ 86,042 milhões no ano anterior.
O prejuízo líquido da NII Holdings, a controladora da Nextel (atualmente o único ativo da companhia norte-americana), cresceu de US$ 189,4 milhões no ano passado para US$ 1,419 bilhão. O prejuízo operacional também avançou: de US$ 77,7 milhões no terceiro trimestre de 2015, passou para US$ 1,386 bilhão em 2016.
Operacional
A Nextel contava em setembro com 962,1 mil acessos na tecnologia iDEN (queda de 47,77%) e 2,746 milhões em 3G e 4G (aumento de 5,72%). No total, a base da operadora era de 3,708 milhões de acessos, um recuo de 16,47% comparado com o ano anterior. A empresa registrou 70% menos migrações entre tecnologias (total de 34,9 mil no trimestre).
A receita média por usuário (ARPU) avançou 16,67%, total de US$ 21. E o churn da Nextel avançou 0,54 ponto percentual e fechou setembro em 3,99%.
Em comunicado, o CFO da NII, Dan Freiman, destacou o crescimento do OIBDA ajustado e da base 3G, mas declarou que a empresa continua a "procurar alternativas estratégicas para melhorar o valor da companhia". O CEO da controladora, Steve Shindler, confirmou o foco em atração de usuários 3G e 4G para "gerar níveis saudáveis de ARPU, enquanto investimos em esforços de retenção para endereçar a pressão contínua no churn, resultado de condições econômicas fracas no Brasil".