As empresas de telecomunicações do Grupo AES veem na expansão da terceira geração uma grande oportunidade de crescimento. Um dos segmentos em que as empresas atuam é no fornecimento de capacidade de tráfego para as operadoras móveis, através das redes MetroEthernet, ideal para uso como backhaul das redes de terceira geração.
Para ter uma idéia do tamanho dessa demanda, Emerson Hioki, diretor de tecnologia e planejamento da AES Eletropaulo Telecom (empresa do grupo responsável pela operação de São Paulo), afirma que um dos clientes dobrou o número de circuitos contratados desde a implantação da sua rede 3G. Segundo ele, as redes MetroEthernet – que começam a ser uma melhor opção frente às antigas SDH – proporciona uma economia da ordem de 50% para as operadoras móveis. Hioki destaca a importância em se conseguir reduzir custos com o aluguel de redes de terceiro. "De 30% a 40% do Opex (custo com operação e manutenção) das celulares é com o backhaul, afirma.
Hioki explica que os antigos circuitos SDH ainda são utilizados para o tráfego de segunda geração. Mas as operadoras acabam optando pela tecnologia MetroEthernet, seja em redes de terceiros ou construídas por elas próprias (como a TIM está fazendo em São Paulo e no Rio de Janeiro) para o backhaul quando se trata de terceira geração, uma vez que as aplicações de vídeo e banda larga consomem muita banda. Além disso, há a dificuldade de se precisar qual é a banda consumida por cada cliente, como acontece no tráfego de segunda geração.
O executivo destaca também a portabilidade numérica como um estímulo maior para que as operadoras cada vez mais se dediquem ao seu core business e contratem de terceiros as redes de transporte. "Imagine que um grande cliente corporativo tenha trocado de operadora. A empresa antiga pode ter uma rede dedicada àquele cliente que agora passa a estar ligada a nada", diz ele.