A Alcatel-Lucent pôs um pé no freio no desenvolvimento do WiMAX 802.16m, considerada a versão verdadeiramente móvel da tecnologia WiMax. "Fomos até a versão 802.16e, que permite uma portabilidade, mas que não é realmente móvel", explica o presidente da companhia para América Latina, Victor Agnellini, presente no Mobile World Congress, em Barcelona. Para o executivo, os dois próximos anos serão determinantes para o WiMax, pois é o período em que o padrão ainda terá de vantagem sobre o LTE, antes da tecnologia concorrente começar a se popularizar. "O grande problema é que faltam terminais e preços baixos", explica. Além disso, a recessão nos EUA atrapalha os planos da principal operadora que aposta em WiMax no mundo, a Clearwire/Sprint, que passou a apostar no WiMax como uma plataforma competidora do xDSL (fixo). Na opinião de Agnellini, o mais provável é que o WiMax se torne uma tecnologia para complementar o acesso banda larga onde não há rede fixa.
América Latina
A América Latina está entre as regiões onde mais cresce a receita da Alcatel-Lucent. No ano passado, o continente registrou um aumento de 14% em seu faturamento em comparação com 2007 e já representa 7% do total da receita da fabricante, relatou o executivo. As áreas mais relevantes para a companhia na região são transporte, transmissão e serviços. Essa última é hoje a principal aposta da Alcatel-Lucent no mundo: "queremos ser um parceiro de integração de soluções para as operadoras e não apenas um fabricante de equipamentos", afirmou Agnellini.
Mobile World Congress