A Nokia registrou um prejuízo de 913 milhões de euros no terceiro trimestre. No mesmo período do ano passado a empresa havia lucrado 1,05 bilhão. O faturamento total da companhia entre julho e setembro foi de 9,81 bilhões de euros, o que representa uma queda de 19,8% em relação ao terceiro trimestre do ano passado. A empresa registrou um prejuízo operacional de 426 milhões de euros, contra um lucro operacional de 1,47 bilhão um ano antes.
O balanço da companhia foi impactado negativamente por uma reavaliação extraordinária de ativos intangíveis, no valor de 908 milhões de euros. Além disso, houve uma queda de aproximadamente 20% nas receitas das áreas de celulares e de infraestrutura móvel, quando comparado com o mesmo período de 2008. Vale destacar que houve uma queda no preço médio dos celulares da Nokia de 72 para 62 euros em um ano.
A receita com terminais móveis, que fora de 8,61 bilhões no terceiro trimestre de 2008, baixou para 6,92 bilhões em igual período deste ano. A Nokia vendeu ao todo 108,5 milhões de terminais entre julho e setembro, o que representa uma queda anual de 8%. A crise econômica mundial foi a principal razão para a diminuição das vendas em 12 meses, afirma a fabricante.
O mercado mundial de smartphones somou 47 milhões de unidades vendidas durante o terceiro trimestre. Desse total, a Nokia respondeu por 35%, ou 16,4 milhões de unidades. No mesmo período do ano passado a empresa havia vendido 15,5 milhões de smartphones de um total de 44,2 milhões no mundo. Ou seja: embora o mercado de celulares como um todo tenha diminuído, o segmento de smartphones continua crescendo independentemente da crise.
Infraestrutura
A receita da Nokia Siemens Networks, subsidiária de infraestrutura celular da Nokia, caiu 21% na comparação anual entre trimestres, baixando de 3,5 bilhões para 2,76 bilhões de euros. Desse total, 1,3 bilhão de euros adveio de serviços de rede, não de equipamentos. A empresa atribuiu a queda na receita ao aumento da competição e às condições desfavoráveis do mercado. A única região em que a Nokia Siemens registrou crescimento no faturamento foi na China. No resto do mundo houve queda, tendo sido particularmente grave na América Latina, onde a redução foi de 27,5%.