Anatel e Cade recebem correspondência informando dissolução da Telco

A Anatel e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) receberam uma correspondência da Telco informando a dissolução da entidade, informou nesta terça, 15, o presidente da Anatel João Rezende. A partir de agora, a Anatel fará uma análise da operação que precisa de anuência prévia do regulador brasileiro, assim como das entidades de defesa da concorrência do Brasil, da Itália e da Argentina.

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A mesma correspondência foi recebida pelo Cade. A análise no órgão antitruste brasileiro, contudo, tende a ser mais complexa, já que qualquer movimentação dos acionistas da Telco deve ser analisada à luz das exigência colocadas pela entidade para que a Telefônica desfaça a participação cruzada que detém no mercado nacional, onde controla a Vivo e participa, indiretamente, do controle da TIM.

Com a dissolução, cada acionista da Telco passará a ter participação direta no controle da Telecom Italia. No caso da Telefónica, essa participação será de 14,77%, o que a tornará a maior acionista da Telecom Italia.

Uma das possibilidades é de que a Telefónica se desfaça dessa participação direta que virá a ter na Telecom Italia. Notícias da imprensa tanto brasileira quanto italiana especulam que o grupo espanhol já tenha iniciado negociações para a venda dessa participação para o BTG Pactual, mas isso requereria a aprovação da dissolução da Telco pelo Cade. Uma análise factível é que o órgão antitruste brasileiro aprove a dissolução da Telco se houver o compromisso da Telefónica de se desfazer da sua participação direta na Telecom Italia com a venda dessas ações no mercado.

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