Durante o Painel Telebrasil Innovation, realizado esta semana em São Paulo, a associação Brasscom apresentou um estudo inédito sobre o perfil e as futuras demandas de profissionais no setor de telecomunicações. É até hoje o mais detalhado estudo já feito.
Segundo o estudo da Brasscom, no ano de 2022 o setor de telecom registrou um total de 331 mil empregados, dos quais 35,7% de nível técnico (instaladores e técnicos de manutenção de rede); 15% administrativos; 12,4% de vendas e marketing; 9% no setor de call center; 8,3% profissionais de telecomunicações; 8,4% profissionais de TICs; 5,8% em funções gerais e os demais espalhados entre funções na área financeira (2,2%), indústria (1,6%), engenharia (0,7%), RH (0,5%), gerência (0,2%), advogados (0,2%) e um número ínfimo em P&D.
O número de profissionais em TI nas empresas de telecomunicações (hoje na casa dos 8,4%) tem crescido anualmente, aponta a Brasscom, com previsão de que sejam 10,1% em 2025. A demanda por profissionais de TICs nas empresas de telecom se soma à demanda por profissionais em TICs em geral, setor que deve abrir mais 541 mil vagas nos próximos 3 anos. Dessas vagas, 8,9 mil serão para profissionais de TI voltados à atuação junto a empresas de telecomunicações.
Segundo Affonso Nina, presidente executivo da entidade, essa imensa demanda exige uma jornada de formação de talentos que se inicia na formação em ciências, matemática, engenharia e tecnologia (STEM), preparação desde a infância, requalificação da base de colaboradores , adaptação dos currículos, articulação de políticas públicas, programas de absorção pelas empresas entre outras medidas urgentes.