Citi e fundos assumem comando do Zain

O Opportunity Zain já está definitivamente sob o controle e administração dos fundos de pensão e do Citibank. Aliás, o nome da empresa agora é Zain Participações S/A. A assembléia AGE que consumou as mudanças foi concluída nesta quarta, 15, depois de quase quatro horas de discussão. Foram eleitos para o conselho do Opportunity Zain: Ricardo Knoepfelcher e Sérgio Brasil, pelo Investidores Institucionais; e Sérgio Spinelli e Kevin Altit, pelo Citibank. Como administradores ficaram André Rizzi e Kevin Altit. Foi aprovada também a mudança de sede do Opportunity Zain para o Rio de Janeiro. A próxima assembléia de mudanças nas empresas da cadeia societária da Brasil Telecom será na holding Invitel, provavelmente no próximo dia 23. Ricardo Knoepfelmacher, sócio do Angra Partners, que administra os recursos dos fudos de pensão, estima que, caso não haja novas liminares, a cada 20 a 25 dias cada uma das empresas na cadeia societária da Brasil Telecom terá também seus conselhos e administrações modificados. Ele diz que é direito dos acionistas controladores trocar a administração das companhias por pessoas de confiança, e que isso será feito até na operadora, "mas é importante ressaltar que a BrT é uma empresa séria, com um excelente corpo técnico, e isso será preservado", diz.
Ainda não é possível, contudo, dar uma data para que Citi e fundos estejam efetivamente tocando a Brasil Telecom. "Essa primeira mudança, no Opportunity Zain, era para ter acontecido em março só foi concluída agora, então pode-se ter uma idéia dos problemas que ainda teremos", diz o sócio do Angra Partners.

Disputa

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Como a AGE realizada nesta quarta, 15, estava marcada para as 11 da manhã, foi possível ao Citi e aos fundos conseguirem uma decisão judicial suspendendo a liminar dada pela Justiça Federal do Rio de Janeiro na noite de terça. MAs foi preciso voltar ao ministro Edson Vidigal, do STJ.
Desta vez, uma linha direta com o juiz de Nova York Lewis Kaplan estava armada para o caso de o Opportunity impedir a realização da assembléia. Não foi necessário, mas a sessão, que poderia ter acontecido em 18 minutos (como aconteceu em março, quando o Opportunity desconsiderou a decisão do STJ) levou, agora, quatro horas. Essa demora, assim como a tentativa de suspender a sessão na Justiça serão usados pelo Citi como argumebnto em Nova York.

Disputa

No Rio de Janeiro, o grupo de Daniel Dantas ainda tentou em vários momentos impedir a mudança de comando no Opportunity Zain. Segundo o advogado dos fundos Paulo Cézar Pinheiro Carneiro, todas as tentativas foram infrutíferas. "É inexplicável que um grupo destituído da gestão de recursos de terceiros tentem com tanto afinco conseguir decisões na justiça ", diz o advogado. Francisco Mussnich, advogado do Opportunity, saiu da sede da Brasil Telecom sem dar entrevista aos jornalistas.

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