Oi lucra R$ 228 milhões no primeiro trimestre

A Oi registrou lucro líquido de R$ 228 milhões no primeiro trimestre deste ano, o que representa uma redução de 13% em comparação com o mesmo período do ano passado. Seu EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações), por outro lado, cresceu 37,5% em um ano, passando de R$ 2,15 bilhões para R$ 2,96 bilhões, impactado pela venda de torres. A margem EBITDA no primeiro trimestre foi 12,5 pontos percentuais superior àquela registrada no mesmo período do ano passado, alcançando 43%. A receita líquida teve queda de 2,3% na comparação anual, baixando para R$ 6,88 bilhões. A companhia atribui a redução, entre outros fatores, à diminuição da taxa de interconexão de redes móveis (VU-M).

Notícias relacionadas
A Oi comemora a redução dos seus gastos operacionais recorrentes, chamados no balanço de "Opex de rotina", que caíram 4,8% em um ano, de R$ 5,43 bilhões para R$ 5,17 bilhões, apesar da inflação acumulada em 12 meses haver sido de 6,2%. Retirando-se da conta os custos de interconexão, gastos não recorrentes e o aluguel incremental em razão da venda de ativos, ainda assim o Opex caiu 1,5%. A companhia atribui a melhora operacional à adoção de soluções que propiciaram mais eficiência, como softwares de gestão de equipes de campo da Clicksoftware.

A empresa também conseguiu cortar em 28,6% seu Capex, graças à redução da quantidade de fornecedores e às renegociações. No primeiro trimestre, o investimento da Oi totalizou R$ 1,2 bilhão.

Ao fim de março, a dívida líquida da companhia era de R$ 30,29 bilhões, 6,7% maior que um ano antes. A empresa tinha em caixa em 31 março R$ 4,17 bilhões.

Segmento residencial

No segmento residencial, que inclui os serviços de telefonia fixa, banda larga fixa e TV por assinatura, a Oi manteve sua receita trimestral praticamente estável em R$ 2,55 bilhões, representando 37,1% do total da empresa entre janeiro e março.

A quantidade de Unidades Geradoras de Receita (UGRs) nesse segmento caiu 4,4% em um ano, puxadas principalmente pela redução de 6,7% na quantidade de linhas fixas em serviço, cuja base ao fim de março era de 11,56 milhões. A quantidade de clientes de TV por assinatura diminuiu 1,1%, fechando o trimestre em 828 mil. E a base de banda larga fixa aumentou 0,5%, alcançando 5,28 milhões de lares. Apesar da diminuição de UGRs, a Oi conseguiu aumentar a receita média mensal por usuário residencial (ARPU) em 7%, que no primeiro trimestre foi de R$ 73,6. A empresa afirma estar focando em uma melhoria na qualidade da sua venda, procurando aumentar a rentabilidade e reduzir o risco de fraude.

Mobilidade

A receita líquida da operação móvel diminuiu 6,5% no primeiro trimestre, passando de R$ 2,32 bilhões para R$ 2,17 bilhões, impactada pela redução da VU-M e pela queda na venda de aparelhos, sendo parcialmente compensada pelo aumento da receita de serviços para os clientes. A receita por uso de rede caiu 30%, passando de R$ 571 milhões para R$ 399 milhões. O faturamento com handsets baixou 23%, de R$ 148 milhões para R$ 114 milhões. E a receita com serviços para os clientes subiu 3,6%, de R$ 1,6 bilhão para R$ 1,65 bilhão.

A Oi encerrou o primeiro trimestre com 48,15 milhões de assinantes de telefonia móvel, o que representa um crescimento anual de 3,4%. Desse total, 41,42 milhões eram pré-pagos (alta de 3,8%) e 6,73 milhões, pós-pagos (alta de 1%).

Corporativo

Por fim, no segmento corporativo, a receita da Oi aumentou 0,6% na comparação anual, alcançando R$ 2,09 bilhões. A base de UGRs nesse segmento, entretanto, caiu 9,1% em 12 meses, puxada principalmente por uma queda de 16,6% na base de assinantes móveis corporativos nesse período. A única base que registrou alta foi a de clientes corporativos de banda larga: mais 4,3%.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
CAPTCHA user score failed. Please contact us!