Vero Internet eleva emissão de debêntures para R$ 600 milhões

Loja da Vero Internet em Montenegro (RS)

A Vero Internet protocolou junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nesta sexta-feira, 15, uma modificação de sua emissão de debêntures simples aprovada em fevereiro. Com a mudança, a emissão passa de R$ 400 milhões para R$ 600 milhões. 

Segundo a companhia, a emissão visa dar continuidade ao seu plano de investimento de infraestrutura de telecomunicações iniciado em julho de 2022. Agora, o plano prevê 333 novas cidades distribuídas em quatro estados: Minas Gerais (MG), Paraná (PR), Santa Catarina (SC) e Rio Grande do Sul (RS). 

Os recursos previstos são voltados para a implantação de redes de transporte e infraestrutura de rede para telecom, declarou a empresa no documento enviado ao regulador do mercado mobiliário. Ao todo, a iniciativa custará R$ 1,1 bilhão e tem prazo de encerramento estipulado para dezembro de 2026.

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Entre os coordenadores da oferta, estão XP Investimentos, Itaú BBA, Banco ABC, Santander e UBS Brasil. O Mattos Filho é o assessor jurídico dos coordenadores, enquanto o Lefosse Advogados assessora a emissora. As debêntures serão incentivadas e contarão com benefício tributário nos termos da Lei nº 12.431, seguindo classificação como projeto prioritário pelo governo federal. 

A distribuição

Nos documentos, a empresa informa que serão 600 mil debêntures simples na sua terceira emissão deste tipo. Foi definido o preço de R$ 1 mil cada debênture, não conversíveis em ações, a serem distribuídas em até duas séries

Além disso, os R$ 600 milhões poderão ser acrescidos em até 20,83% via lote adicional, elevando a oferta em mais R$ 125 milhões, totalizando o montante de R$ 725 milhões. Se considerados apenas os recursos líquidos, a Vero espera captar R$ 570,9 milhões, que podem alcançar R$ 691 milhões com o lote adicional. 

A empresa lembra que o valor total da emissão será definido via bookbuilding, processo de precificação de títulos por meio de consulta a um grupo de potenciais investidores institucionais. O modelo é usado para determinar o valor do ativo em diferentes processos, desde debêntures até oferta pública inicial de ações (IPOs). 

No caso da primeira série, o retorno será a taxa do título do Tesouro Direto IPCA+ com Juros Semestrais no dia da realização do bookbuilding, além de spread entre 3,05% a 8,25% ao ano.

Já na segunda série, a Vero Internet informa que deverão incidir juros também a serem definidos no momento da precificação dos títulos, com limite ao percentual equivalente à taxa DI (Depósito Interfinanceiro) baseada na curva de juros de contratos prefixados com taxas DI – que são pós-fixados e, portanto, variam ao longo do tempo – no dia 2 de janeiro de 2029. Também existe a previsão de spread entre 3% a 13% ao ano. 

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