Depois de idas e vindas e mudanças nos cronogramas oficiais das Secretarias de Fazenda, ficou definido que a Nota Fiscal Eletrônica de Serviços de Comunicação, a NFCom, passará a ser obrigatória a todas as empresas do setor em abril de 2025.
Apesar do prazo de um ano, o volume de ajustes de sistemas, processos e validações que as empresas de telecomunicações precisam enfrentar é gigantesco, e esse prazo já está apertado, diz Cibele Carvalho, diretora comercial da Sovos, uma das empresas que atuam no processo de implantação das plataformas de gestão fiscal – e que está atuando com algumas das principais operadoras brasileiras.
Carvalho participou de um episódio especial do TELETIME em Destaque, podcast que aprofunda temas específicos do setor e que está disponível no canal da TELETIME no Youtube e nas principais plataformas de podcast.
"É um problema que afeta não apenas as grandes empresas de telecomunicações, mas todas as operadoras do setor", diz a executiva. "Seja uma empresa com milhões de clientes que precisam ser faturados todos os meses, seja uma operadora com milhares, o desafio é muito grande. Uma das nossas clientes, uma grande operadora, está com centenas de pessoas envolvidas nesse processo de preparação e adaptação", diz Cibele Carvalho.
A urgência é porque os sistemas de faturamento e emissão dos documentos fiscais das empresas precisam passar por um longo processo de validação de arquivos que são enviados para a Receita, com centenas de itens, e cada ajuste toma tempo para ser ajustado. "Pelo volume de transações e documentos que o setor tem, e pela característica dos pacotes, é um processo muito complexo, que precisa ser automatizado".
A executiva diz que algumas empresas estão inclusive colocando as áreas de marketing e vendas para discutir as mudanças, porque toda a empresa precisa estar envolvida. "Por exemplo, se você não mantém um cadastro bom desde o começo, vai ter problemas depois".
Segundo Cibele Carvalho, existe quase que um processo de mudança cultural nas empresas. "Mas é por isso que a gente chama isso de um processo de digitalização da parte fiscal e tributária das empresas. A boa notícia é que isso é uma oportunidade de arrumar a casa, de começar a pensar nos dados dos clientes como informação para um processo mais amplo de transformação", diz ela.
Outro aspecto que Cibele Carvalho ressalta no TELETIME em Destaque é que esse processo de introdução da NFCom precisa já ser pensado e alinhado com as mudanças tributárias esperadas para os próximos 10 anos, quando a reforma tributária será plenamente implementada. "É preciso fazer a mudança já porque a NFCom se tornará obrigatória em um ano, mas tem muita coisa que precisará ser feita nos próximos anos, e esse é um primeiro passo", diz ela.
O TELETIME em Destaque sobre NFCom é um conteúdo patrocinado pela Sovos.