A Akamai Technologies anunciou planos de incorporar capacidades de computação em nuvem em sua rede de computação de borda (edge). Batizada como Gecko (computação de edge generalizada), a iniciativa tem como objetivo aperfeiçoar a execução de cargas de trabalho mais próximas dos usuários, dispositivos e fontes de dados.
A Akamai informou que já conduziu testes iniciais da Gecko com alguns dos clientes empresariais da marca. A companhia disse que os primeiros a se beneficiarem com o serviço devem ser os clientes em inferência de IA, jogos multiplayer, mídia social e streaming. Mais para a frente, a Akamai espera casos de uso em áreas como varejo imersivo, computação espacial e IoT industriais e de consumo.
Segundo a companhia, enquanto as arquiteturas atuais do setor tratam as redes de nuvem e de edge separadamente, a Gecko foi projetada para permitir que a computação generalizada seja implantada sobre a rede de edge mundial existente da Akamai. Na prática, isso se reflete no aproveitamento das ferramentas, processos e capacidade de observação já existentes da empresa. Além disso, a solução moverá a computação tradicional e mais pesada (geralmente confinada a data centers centralizados) para a edge da rede Akamai.
"A Gecko é a coisa mais empolgante a acontecer na indústria da nuvem em uma década", afirmou o fundador e CEO da Akamai, Tom Leighton. "É a próxima fase do roadmap em direção a uma nuvem mais conectada que delineamos quando adquirimos a Linode para adicionar capacidades de computação nativas em nuvem ao nosso portfólio. Começamos a entregar esse roadmap com o lançamento do Akamai Connected Cloud e a implementação mais agressiva de novas regiões de computação central ao redor do mundo. Com a Gecko, estamos avançando ainda mais nessa visão ao combinar o poder de computação de nossa plataforma em nuvem com a proximidade e eficiência da edge para colocar cargas de trabalho mais próximas dos usuários do que qualquer outro provedor de nuvem", completou.
Roteiro da Gecko
Conforme explicado pela empresa, a implantação da ferramenta está dividida em fases. A primeira delas consiste na incorporação da computação com suporte para máquinas virtuais em 100 cidades até o final do ano, em locaisi como Hong Kong, Malásia, México e África do Sul, bem como em cidades sem uma presença concentrada de hiperescala, incluindo Bogotá, Colômbia; Denver, Colorado; Houston, Texas; Hamburgo, Alemanha; e Marselha, França. Já para o final do primeiro trimestre, a companhia pretende avançar com a implantação da 10ª região da Gecko – que ficará localizada em Santiago, no Chile.
A empresa fala ainda sobre a adição de "centenas de cidades à sua pegada global de computação em nuvem nos próximos anos", além desses dez novos locais da Gecko e das 25 regiões de computação principais existentes.
Já na segunda etapa do projeto Gecko, prevista para iniciar ainda este ano, a empresa tem o objetivo de incorporar contentores à sua abordagem. Na fase subsequente, a Akamai planeja implementar uma orquestração automatizada de carga de trabalho. Isso visa facilitar aos desenvolvedores a criação de aplicações em diversas localidades distribuídas.