Operadoras querem aparelhos 3G mais baratos

O preço dos aparelhos de terceira geração precisa cair. A pressão partiu de operadoras móveis que participam do 3GSM World Congress, em Barcelona. Na Vodafone, 9% da receita provém de servicos 3G, afirma o CEO do Vodafone Group, Arun Sarin. ?Temos que reduzir os custos. É importante.? O executivo disse que os aparelhos 3G custam em torno de ? 50 na Europa. ?Os clientes não querem saber se é 3G ou 2G. Querem apenas usar o serviço de que precisam.? Para o chairman e CEO da Telefónica Móviles, Antonio Viana-Baptista, essa iniciativa é fundamental: ?Este negócio (telefonia móvel) é sobre crescimento de receita.? Um indício de que os fabricantes terão que se esforçar mais um pouco para também fazer ajustes no processo de produção e entregar um produto mais barato.
A China Mobile poderá exercer uma forte influência no barateamento do produto, acredita o chairman e CEO da operadora, Wang Jianzhou. A tele encerrou 2005 com 246 milhões de usuários, dos quais 42 milhões foram novas adições. A empresa registrou de 3 milhões a 4 milhões de novos clientes por mês, o que representou um ganho de 3,9% de assinantes mensalmente. Com uma base tão grande de usuários, a companhia estuda como tirar vantagem desse volume de escala, pois assim que ativar o serviço o volume de handsets vendidos crescerá muito e o preço cairá, aposta o executivo. O download de músicas do portal da operadora para dispositivos móveis, por exemplo ? 15 milhões de downloads apenas de uma canção -, lhe garantiu uma receita maior que o total obtido pela indústria de música no país ? as cifras não foram reveladas.
O governo chinês disse às operadoras de seu país que deixem de fazer testes baseados na tecnologia WCDMA para se concentrarem no padrao local TD-SCDMA, tambem suportado pela União Internacional de Telecomunicações (ITU). O lançamento da 3G na China está previsto para 2008, a tempo de atender os usuários durante os Jogos Olímpicos de Beijing.

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Acesso livre

A questão do preço também é um desafio em outros serviços móveis, e a tendência não é de queda. ?Nós veremos mais bundles. Os preços serão um pouco maiores?, advertiu Sarin, da Vodafone, ao descartar um possível acesso livre à banda larga. ?Não haverá mais diferença entre voz e dados.? Ao comentar o acesso pago, Viana-Baptista, da Telefónica, questionou: ?Podemos ficar fora dessa comunidade? Não. Quanto mais capacidade tivermos, melhor será nossa posição.? O desafio, para ele, é outro: como tornar o pagamento significante. E é aí que entra a diferenciação, com oferta de entretenimento, revenue share, precificação adequada. E tudo sob o controle da operadora. ?Somos nós que entendemos o que os clientes querem. Nós é que estamos próximos a eles?, arrematou Viana-Baptista.

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