Uma das restrições para a convergência das redes fixa e móvel é a falta de aparelhos que permitam serviços com essa funcionalidade. Os fabricantes têm feito algumas demonstrações mas somente agora os terminais começam a chegar ao Brasil. A Nokia deve trazer cinco novos modelos convergentes equipados para VoIP em redes Wi-Fi. Na opinião do gerente de novos serviços da Nokia, Fiori Mangoni, há três caminhos de oferta do modelo convergente fixo-móvel: o primeiro é o de soluções corporativas. Especificamente no caso da Nokia, o terminal integra soluções de empresas como Cisco e Avaya e é capaz de conectar o terminal móvel a um PABX IP, e transformar esse terminal em ramal do PABX. O segundo caminho que, de acordo com Mangoni, pode massificar o uso é utilizar protocolos abertos para arquiteturas IMS, o que permitiria fazer a interface entre as redes das operadoras fixas e móveis. O padrão, nesse caso, é o SIP. A terceira opção apontada por Mangoni, é a do modelo baseado no padrão UMA (que faz a conexão entre redes WLAN e fixas por Wi-Fi). Os novos modelos de aparelhos da Nokia que atendem a esses requisitos estarão disponíveis no mercado a partir do segundo semestre deste ano.
Já a Motorola, parceira da BrT no lançamento do aparelho CPT/GSM, está se reorganizando para capturar oportunidades da convergência fixo-móvel. ?O celular é o device que tem a melhor chance de integrar o maior número de serviços possíveis?, afirma o diretor de vendas de dispositivos móveis da Motorola, Antonio Quintas. Ele aponta uma pesquisa segundo a qual 68% dos usuários preferem usar o celular, mesmo em casa, por conta das facilidades que o aparelho oferece, como o gerenciamento da agenda.
?O aparelho CPT/GSM dá um grande passo para a convergência. Mas o consumidor tem que perceber se haverá um benefício com a união das redes?, afirma Quintas. Ele destaca que a disseminação da convergência está na habilidade de fabricantes e de operadoras em transmitir as vantagens de um único serviço e principalmente oferecer redução de preços. Leia matéria sobre este assunto na edição deste mês da revista TELETIME.
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