Brisanet promete 100% de Fortaleza coberta com 5G e FWA

Bairro em Fortaleza. Foto: Prefeitura de Fortaleza

Após a linha de crédito de R$ 146 milhões destinada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) à Brisanet, com recursos do Fust, a cidade de Fortaleza pode ser a primeira capital do Brasil a ter cobertura 5G em todos os lares, inclusive nas periferias.

Essa foi a promessa realizada nesta terça-feira, 14, não apenas pela operadora nordestina, como também pelo ministro das Comunicações Juscelino Filho e pelo presidente do BNDES Aloizio Mercadante, em cerimônia de lançamento do novo financiamento como parte de um projeto batizado de Periferias Conectadas.

Ele prevê que a capital cearense receba a universalização da banda larga fixa sem fio (FWA) baseada em redes 5G. Para tal, serão financiadas 95 estações rádio base (ERBs) da Brisanet em comunidades e regiões periféricas da região metropolitana de Fortaleza – o que inclui outros municípios próximos à capital, como Caucaia, Maracanaú e Maranguape. A operadora já está ativando rede 5G em Fortaleza.

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Além disso, o projeto contempla a instalação de 50 mil roteadores FWA (algo que também pode pode ser financiado com recurso do Fust). É esse equipamento que permitirá fornecimento da banda larga 5G/4G, usando links de rádio entre uma torre de telefonia e o domicílio do usuário.

"Eu já tinha ouvido falar muito bem da Brisanet. Ela ganhou para colocar 95 torres, mal acabou de aprovar o edital e já colocou 80 [ERBs]. No máximo um mês, toda a Grande Fortaleza vai ter 5G dentro de casa e isso é uma grande mudança", afirmou Mercadante, na cerimônia no bairro de Cristo Redentor, na capital cearense.

Governadora em exercício (CE), Jade Romero, Presidente do BNDES, Aloízio Mercadante, e senadora Janaína Farias. Imagem: Divulgação/BNDES

Expectativas

Com esse contrato assinado com a Brisanet, o ministro Juscelino Filho também disse que Fortaleza será a primeira capital do Brasil 100% conectada ao 5G ainda no próximo mês de julho. 

Juscelino Filho afirmou ainda que, no Brasil, as grandes operadoras implementaram redes 5G no chamado "filé" das capitais, onde "a conta para o privado é muito mais interessante". De acordo com ele, essas áreas atendidas pela quinta geração de redes móveis são onde as companhias observaram maior viabilidade econômica, proveniente da soma entre poder aquisitivo elevado e alta densidade populacional.

O CEO da Brisanet, José Roberto Nogueira, reiterou o cenário analisado por Juscelino Filho. "Hoje, a periferia de Fortaleza e das cidades vizinhas tem a área com a melhor infraestrutura de conectividade do mundo. As empresas normalmente não querem [colocar 5G] nas periferias porque não tem viabilidade. Com o projeto do Fust, a gente conseguiu se viabilizar nessas áreas onde economicamente é bem desafiador", contou.

Conectividade significativa

Um dos principais objetivos do Fust é a entrega de conectividade significativa à população. Em suma, o conceito tem a ver com o acesso regular e de qualidade à Internet, que promova desenvolvimento na esfera social.

De acordo com Nogueira, a conectividade significativa para a Brisanet é possibilidade de trafegar, ao menos, 100 GB de dados por mês – o que ele disse não ser possível hoje no mundo do pré-pago.

"Hoje, um cliente da Brisanet consome por mês a quantidade de 400 GB.  Mas só 60% da população é coberta por banda larga fixa e consome tudo isso. 40% está apenas no pré-pago. Uma recarga de R$ 15 ou R$ 20 dá 3 GB ou 4 GB. Então a mãe do Bolsa Família não pode entregar o celular para criança assistir um desenho no YouTube, porque a franquia acaba muito rápido", disse Nogueira.

Mercadante também falou sobre o cenário apontado pela Brisanet. O presidente do BNDES disse que, na Internet, pessoas de baixa renda com pacotes pré-pago acabam utilizando apenas o Whatsapp de forma irrestrita. "Se o filho pedir para entrar no site da escola para estudar, não pode porque não tem renda para pagar. Isso precisa acabar", disse. 

"O 5G [do projeto com a Brisanet] dentro de casa é para ficar mais barato para poder estudar, para poder aprender e para poder trabalhar", completou Mercadante. De acordo com o presidente do BNDES, a companhia se comprometeu a desenhar ofertas "acessíveis" – já que o faturamento da marca se daria pelo alto volume de assinantes.

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