Levantamento feito pela Revista TELETIME e pelo Atlas Brasileiro de Telecomunicações 2011 (que circula a partir de janeiro) em cima de dados da Anatel mostra que na telefonia fixa, praticamente todo o crescimento do mercado em 2010 deve ficar restrito aos esforços da Embratel (juntamente com a Net Serviços) e da GVT.
A Embratel passou de cerca de 5,9 milhões de acessos no final de 2009 (dos quais 2,56 milhões eram da operadora de TV a cabo Net Serviços) para quase 6,4 milhões no meio do ano(2,75 milhões da Net) e possivelmente chegará perto dos 7 milhões até o final de 2010. Foi um crescimento de mais de 8% no semestre, podendo chegar a 15% no ano.
Em praticamente todas as áreas locais (códigos de DDD) onde a Net tem operações de TV a cabo e oferece o serviço de voz Net Fone via Embratel, o marketshare da operadora é quase sempre maior que 15%. Em sete de oito regiões metropolitanas em que a Embratel tem mais de 20% de marketshare (São Paulo, São José dos Campos, Santos, Sorocaba, Ribeirão Preto, Campinas e Manaus) ela tem uma operação de cabo oferecendo o serviço. A exceção é Feira de Santana (BA). Em outras regiões metropolitanas, como Rio de Janeiro, Belo Horizonte, o percentual de participação da Embratel já é superior a 15%, e apenas em cidades em que a GVT tem forte presença, como Curitiba, Porto Alegre, Brasília e Florianópolis, a Embratel, mesmo tendo por meio da Net a oferta do serviço de voz residencial, não conseguiu se tornar uma operadora com percentual de participação maior do que 15%.
Outra operadora que se expandiu consistentemente ao longo da primeira metade do ano foi a GVT, que chegou a 1,75 milhão de clientes (crescimento de 23%), podendo passar dos 2 milhões até o final de 2010.
Por outro lado, operadoras que mostravam fôlego e disposição de ganhar espaço no serviço fixo, como a TIM/Intelig, a Transit e a CTBC (atuando fora de sua área de concessão), perderam espaço no primeiro semestre e não davam sinais de reação no segundo semestre. Existem, além dessas operadoras, mais cerca de 15 empresas que disputam efetivamente o mercado de telefonia local e que reportam dados para a agência.
Ainda assim, de uma maneira geral, a competição tem mostrado algum resultado. Das 66 áreas de numeração em que o mercado de telefonia fixa está dividido (códigos de DDD), em 40 os operadores que entraram para competir somam mais de 10% e 23 já têm mais de 20% do marketshare na mão das autorizadas. A área de numeração mais competitiva é a região metropolitana de Curitiba, com a área de numeração 41, em que quase 38% das linhas são oferecidos por empresas concorrentes.