Anatel suspende venda de handsets da Vivo no DF

A Anatel divulgou nesta quinta, dia 13, uma medida cautelar inédita, pela qual proíbe a Vivo de comercializar e ativar novas estações de usuários no Distrito Federal, a partir da 0h do dia 14 de maio, até que os problemas identificados numa das centrais de comutação (CCCs) e controle da empresa na região sejam resolvidos. Segundo a agência, mais de 10% dos terminais da empresa no Distrito Federal, na rede originalmente pertencente à TCO (adquirida pela Vivo), deixaram de funcionar esta semana, prejudicando mais de 150 mil usuários da operadora.
Após a interdição, a Vivo distribuiu comunicado, assinado também pela Motorola (fornecedora da rede), de que os problemas que dificultaram a terminação de chamadas em parte de sua rede para alguns assinantes, tinham sido totalmente restabelecidos a partir das 19h50 do dia 12, ?dentro dos padrões de qualidade requeridos pelo órgão regulador?.
A empresa explicou ainda que os problemas foram causados em virtude de falha técnica de equipamento, ocorrida no enlace de sinalização entre a central e a unidade de controle das estações remotas, não causando, em nenhum momento, congestionamento em sua rede. Por fim, a Vivo declarou que a capacidade de sua rede em Brasília está dimensionada para atender a sua base de clientes, bem como seu plano de comercialização.

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?Se a Vivo comprovar hoje (dia 13) ou amanhã cedo que todas a ligacões estão sendo feitas normalmente, a proibição fica suspensa. A nossa fiscalização está de plantão na Vivo para verificar as informações que serão prestadas pela empresa?, disse Jarbas Valente, superintendente de serviços privados da Anatel no final da tarde desta quinta.

Desde 5 de maio

O problema na rede da Vivo foi percebido pela Anatel a partir do dia 5 de maio, por meio do call center da agência, quando os usuários da operadora reclamaram que não conseguiam completar e receber chamadas. A Vivo alegou a existência de problemas de software numa das CCCs, justamente a estação responsável pela expansão do serviço em CDMA, na rede TDMA adquirida da TCO.
No dia 12, após a análise das respostas da empresa, a Anatel decidiu abrir um Pado (Procedimento para Apuração de Descumprimento de Obrigações) estabelecendo um prazo de 15 dias para apresentação da defesa e/ou produção de provas. A medida foi movida pela não comunicação imediata do problema ao público em geral, aos usuários, à Anatel e às demais operadoras interconectadas à Vivo.
Além da interrupção da comercialização de novos telefones, a medida cautelar da Anatel determina o ressarcimento de todos os usuários afetados da Vivo e a cobrança de uma multa de R$ 10 milhões caso a medida seja descumprida.
Segundo um técnico da Anatel, o problema ocorreu por mau dimensionamento da central, que deveria receber as novas habilitações. O excesso de novos usuários em função das vendas do Dia das Mães, certamente agravou o problema, de acordo com o técnico.

Goiás

A agência também expediu medida cautelar para a Vivo em Goiás, por causa de um problema na rede da empresa em dezembro do ano passado. Na ocasião, a agência determinou o ressarcimento dos usuários, mas quando se certificou dos resultados, questionou os dados apresentados pela operadora. Em função disso, a medida cautelar determinou reparação dos usuários afetados e multa de R$ 5 milhões pelo não cumprimento da medida cautelar.

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