Conectividade nas rodovias: TIM amplia presença na vertical de logística

Via Dutra
Foto: Charles de Moura/PMSJC/Creative Commos

Ao longo dos últimos meses, a TIM vem anunciando diversas parcerias com concessionárias de rodovias. Uma delas chama uma atenção especial, já que prevê levar conectividade 4G para as rodovias Via Dutra (BR-116), entre São Paulo e Seropédica, e a Rio-Santos (BR-101), no trecho entre a cidade de Ubatuba (SP) e a capital fluminense, duas das maiores do Brasil.

A atuação da operadora nas rodovias vem de seu plano estratégico que determinou o segmento de logística como uma das verticais a serem priorizadas. As outyras seriam as verticais do agronegócio, indústria, utilities e mineração. 

A decisão de escolha das verticais, no caso da TIM, avalia tanto a maturidade daquele setor com relação à transformação digital quanto a oportunidade para inserção em determinado setor,  segundo o diretor de soluções corporativas da operadora, Paulo Humberto Gouvea. 

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"As áreas urbanas já tinham cobertura, então o desafio de infraestrutura estava nessa dimensão continental do país. Quando você olha para isso, dois setores chamam atenção: o  agronegócio e a logística. No Brasil, todo o PIB do país se movimenta sobre rodovias, então para a gente não foi muito difícil chegar à decisão", diz.

Conectividade era exigência de renovação da concessão para Via Dutra 

Tratando da Via Dutra, especificamente, a parceria surgiu como fruto da união de vários interesses, de acordo com Gouvea. Ele destaca que uma das exigências feitas ao Grupo CCR  para renovação da concessão das rodovias foi  justamente a conectividade para os usuários. 

"Essa conectividade vai permitir com que todos os usuários da rodovia tenham acesso aos serviços da concessão da CCR de forma gratuita, ao longo de toda rodovia", informou. 

O acordo, que permitirá oferecer cobertura ininterrupta de serviços 4G = ao longo de mais de 600 quilômetros das estradas, promete entregar soluções para além de conectividade também, na visão do diretor de operações da TIM.

"Estamos fazendo inclusão social e digital da população que está ao longo daquele trecho, mas também resolvendo a questão da operação da rodovia;  beneficiando escolas rurais; conectando um posto de saúde, dando a oportunidade desse posto de saúde ter um suporte especializado de um hospital de uma grande cidade", exemplifica. 

Rodovias X Agronegócio: semelhanças e diferenças

A atuação nas rodovias, para ele, vai além de adaptar tecnicamente o modelo de negócio. Apesar da semelhança, por exemplo, com o modelo de implantação que já vinham utilizando no setor do agronegócio, uma diferença fundamental diz respeito às responsabilidades contratuais. 

"No caso do Agro é uma relação direta com o agronegócio e, no caso da concessão, temos as questões regulatórias. Eu tenho a ANTT de um lado com as obrigações da concessão e temos do lado de cá a Anatel. E esse acordo de parceria tem que considerar todas essas nuances dos dois órgãos reguladores", explica.

Planos

Como a atuação nas rodovias é um plano determinado no plano estratégico da operadora, as parcerias devem continuar surgindo nos próximos anos. 

Além disso, a ideia é que os projetos não se limitem apenas ao 4G. "Estamos falando em 4G, porque é o que conecta tudo. Hoje a frequência de 700MHz é o que tem melhor propagação para a gente cobrir todo o trecho da rodovia", informou Gouvea.

Mas o uso do 5G pode ser um próximo passo. A tecnologia seria essencial, por exemplo, para trazer o free flow, sistema de pagamento automático de pedágio que já existe na BR-101, para toda a Dutra. 

Ao assumir a infraestrutura de rede móvel ao longo da rodovia, a TIM passa a ter também uma responsabilidade perene pelo funcionamento daquela rede, inclusive em questão de atualização tecnológica futura.

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