Enquanto gigantes do mundo de games aportam no Brasil, uma pequena empresa nacional tenta cavar seu espaço nesse competitivo mercado: trata-se da carioca Nano Games, fundada há um ano e meio por dois ex-funcionários da Wiz, Eduardo Rosa e Peter Hansen. Com apenas oito funcionários, incluindo os dois sócios, a Nano conseguiu o que talvez fosse o mais difícil: fechar parcerias com importantes marcas. A empresa já desenvolveu um jogo para o canal infantil Nickelodeon, com o personagem Bob Esponja, e outro para a MTV, com os personagens do programa humorístico Hermes e Renato. A meta para este ano é lançar entre sete e nove novos títulos. Três deles estão prestes a sair do forno e repetem as parcerias de sucesso: dois são com marcas da MTV e um é da Nickelodeon.
A competição com gigantes estrangeiros não assusta os sócios da Nano. "A chegada dessas grandes empresas é um sinal de que o cenário é bom para esse segmento no Brasil", comenta Rosa.
Modelo de negócios
Ao contrário dos desenvolvedores internacionais que compram a licença para uso de marcas populares e negociam diretamente com as operadoras, a Nano optou por outro modelo de negócios. A empresa arca com os custos de desenvolvimento e divide com os detentores das marcas a receita oriunda dos downloads. Outra diferença: a negociação com as operadoras fica a cargo dos donos das marcas. A Nano se limita a cuidar do desenvolvimento dos games e dos ajustes técnicos. A empresa não abre por enquanto a sua quantidade mensal de downloads.
