Na atual agitação do mercado financeiro, o setor de telecomunicações está perdendo mais do que a média da Bolsa de Valores de São Paulo. O Índice de Telecomunicações (Itel), até terça-feira, dia 11, caiu 8,32%, contra recuo de 5,46% do Ibovespa.
Isso se deve mais ao segmento de telefonia fixa do que ao de móvel.
Do dia 26 de janeiro, o auge do recente movimento de alta, até terça, enquanto o Ibovespa caiu 24%, as ações preferenciais da Telemar perderam 34,6% (holding) e as da Brasil Telecom (holding) mais 32,7%. Isso é ainda atribuído, em boa parte, à derrota do consórcio Calais para a Telmex na disputa pela Embratel e ao provável aumento da concorrência movida pelos novos controladores da operadora.
A explicação que os analistas dão dizem respeito às próprias características da empresa: pouco endividada, 100% da dívida protegida por hedge, alta geração de caixa no melhor mercado do País e boa rentabilidade. Vale lembrar que no último balanço (primeiro trimestre de 2004) a dívida líquida da Telesp registrou uma queda de R$ 1,1 bilhão em relação a igual período de 2003.
Estrangeiros saem do País
Estrategista de uma das maiores companhias brasileiras de administração de ativos acredita que a saída de recursos do Brasil está se acelerando ? e pode ganhar proporções maiores nas próximas semanas.
A razão é que a maioria dos fundos estrangeiros de investimentos, que compraram ativos brasileiros (e de outros países emergentes) com recursos tomados em bancos (a chamada alavancagem) a taxas muito baixas, procuram liquidar rapidamente as suas posições daqui antes da alta dos juros nos Estados Unidos.