Queda no lucro da Telesp surpreende mercado

Os resultados finais de 2002 da Telesp fixa, divulgados nesta quarta-feira, 12, não foram tão bons quanto os analistas do mercado esperavam. Caíram tanto o lucro líquido (-31,8%), quanto a margem de EBITDA (de 50,5% para 49,1%).
Coincidência ou não, isso explica a forte desvalorização que as ações da companhia vinham sofrendo no mercado. Depois de chegar a R$ 37 em dezembro, o papel mais negociado chegou a bater R$ 29 em fins de janeiro, uma queda superior a 20%.
Até esta quarta, 12, nenhum dos analistas ouvidos por TELETIME News tinha uma resposta para esse mau desempenho, uma vez que Telesp fixa continua considerada como a operadora mais segura por seu baixo endividamento (25% do patrimônio), total proteção cambial, EBITDA superior à média do setor e com total domínio do mercado mais rico do País.

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O lucro caiu, em parte, devido aos investimentos nos serviços de telecomunicações de longa distância nacional e internacional. Na briga com a Embratel, a empresa continuou gastando em propaganda e marketing, sem poder faturar de forma continuada. Os ganhos com o reajuste de tarifas, aumento da planta (5,8%) e a participação na longa distância não foram suficientes para cobrir as despesas do lançamento.
A resposta dos investidores aos números da Telesp fixa foi uma nova queda na Bolsa. No fechamento do pregão normal, às 17 horas, o papel mais negociado, TLPP4, estava cotado a R$ 31,10, com retração de 0,64%.
No seu boletim mensal de fevereiro, o Espírito Santo Research aumenta a participação da empresa nas suas recomendações, justamente porque já ?foi muito penalizada recentemente?. Há fortes indicações no mercado de um preço-alvo em torno de R$ 45,00, equivalendo a um potencial de valorização de 44% até o final do ano.

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