O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse nesta quarta, em entrevista ao programa "3 a 1", da TV Brasil, que o governo espera sentir em alguns meses os efeitos da política de massificação da banda larga. "Nós nem estamos usando o termo universalizar, estamos querendo massificar em larga escala o uso da Internet com banda larga. E há polêmica se é banda larga mesmo porque estamos falando de 512 kbps. Mas precisamos massificar isso. O que aconteceu no Brasil é que tivemos uma política de compra de computador, que ficou muito acessível. Mas o serviço de Internet (disponível hoje), primeiro, não é tão banda larga assim, depois os preços ainda são bastante altos", disse. Para Paulo Bernardo, "o prazo para massificar é de quatro anos, mas para baratear tem que ser em quatro ou cinco meses. Tem que começar esse ano a oferta de serviços em condições adequadas. A prioridade é colocar o serviço em condições mais baratas", disse.
Telefonia não universal
Provocado sobre por que o governo evitava falar em universalização, já que essa política havia sido adotada na privatização para a telefonia fixa, Paulo Bernardo disse que "a verdade é que a telefonia fixa não está universalizada. A telefonia rural não está universalizada, o orelhão também não", e que é possível tratar essa questão dentro das concessões de telefonia fixa. "As empresas dizem que não pode, que o contrato não prevê, mas quando fizemos o Banda Larga nas Escolas isso foi feito, abrimos mão de uma exigência dos Postos de Serviços Telefônicos e eles assumiram a obrigação de implantar a rede de banda larga nas escolas. Naquela ocasião elas pediram bilhões e depois elas acabaram assumindo a responsabilidade. Temos que discutir, porque a infraestrutura para telefonia fixa é a mesma da banda larga", afirmou.
Plano Nacional de Banda Larga