O número de mensagens curtas (SMS) trafegadas pelo celular no mercado norte-americano deve ultrapassar os 45 bilhões este ano, segundo estimativa da empresa norte-americana SMS.ac, de multimídia e serviços de mensagens wireless. No ano passado, foram enviados cerca de 25 bilhões de SMSs e, em 2003, 14 bilhões. A China, nos primeiros dez meses do ano passado, enviou 176 bilhões de mensagens pelos handsets. Esses serviços de valor adicionado (SVAs), juntamente com a multimedia message (MMS) devem gerar cerca de US$ 1,3 bilhão de receitas para as operadoras móveis este ano, com projeção de chegar a US$ 8,3 bilhões até 2008, segundo pesquisa da Telecom Trends International (TTI), empresa de pesquisa norte-americana que é membro da Telecommunications Industry Association (TIA), também dos EUA. Conforme o relatório da TTI, as MMSs devem responder, em 2008, por 59% do tráfego total de troca de mensagens wireless. Os restantes 41% devem ser movimentados pelo tráfego de SMS básico (B-SMS) e SMS avançado (A-SMS).
Brasil
No Brasil, a progressão do tráfego de SMS é semelhante ao que acontece no restante do mundo. O presidente da Yavox, Andreas Blazoudakis, demonstra este crescimento, de acordo com a história do SMS no País: para este ano, a Yavox já comercializou 150 milhões de SMS corporativos; no ano passado, até setembro, foram vendidos 80 milhões de SMS, com previsão de encerrar até dezembro com 100 milhões de mensagens; em 2003, com a popularização de programas interativos da TV Globo e do SBT, o tráfego chegou a 5,5 milhões de SMS; em 2002, com a entrada do sistema bidirecional, foram enviados 1 milhão de SMS; e, finalmente, em 2001, com a criação do SMS, as mensagens enviadas naquele ano foram de 100 mil. De qualquer forma, Blazoudakis adverte que é um número baixo se comparado com o volume comercializado por empresas que oferecem o mesmo serviço da Yavox. Provedores norte-americanos e europeus chegam a vender 1 bilhão de SMSs corporativos.
Operadoras
As operadoras móveis brasileiras ainda não dispõem de dados conclusivos sobre a movimentação de SMS no ano passado. Na Europa, algumas operadoras comemoram o volume de mensagens trocadas entre o Natal e Ano Novo, em que houve uma elevação sensível do tráfego. No Brasil, apenas a Vivo colocou à disposição do assinante um sistema especial para o fim de ano, o SMS Card. Pelo sistema, o usuário podia agendar o envio de mensagens para o Natal e o Ano Novo, para até cinco números diferentes. O gerente de produtos de messaging da Vivo, Guilherme Facchinetti, estima que tenha havido um acréscimo de 40% na troca de SMSs por conta desse serviço. A meta da Vivo, apenas para dezembro do ano passado, era chegar aos 200 milhões de SMSs trocados. Por enquanto, a operadora não fechou os números do ano passado. A Claro, TIM, Oi e Telemig também ainda não fecharam os números de SMSs trocados pelos seus assinantes.