Na manhã desta quinta-feira, 11, a TIM divulgou novo fato relevante na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para esclarecer mais uma rodada de rumores sobre uma possível venda da empresa para os demais players no Brasil, negando qualquer acordo ou mesmo oferta envolvendo a companhia. Em conversa com jornalistas, o presidente da operadora, Rodrigo Abreu, reafirmou o compromisso de crescer de forma orgânica: "Nosso plano principal independe de consolidação."
A TIM tem sido alvo de constantes especulações na imprensa sobre uma eventual proposta a ser feita pelos seus três competidores para fatiamento da empresa.
Na visão dele, o movimento de consolidação do mercado existe, mas não necessariamente envolve a TIM como alvo. "A empresa não é ingênua e olha o ambiente, não estamos imunes, mas não podemos ser passageiros". Ele ressalta que a operadora tem saúde financeira e operacional, com sustentabilidade econômica, e que o mercado brasileiro tem escala suficiente para comportar quatro players. "Algumas empresas são menores, mas o último player (a Oi) tem 20% de share, não é pouco", ressalta.
Abreu reconhece que há, sim, uma movimentação e que há também forte especulação no mercado, mas continua repetindo o mesmo discurso que já tem feito há mais de um ano: o interesse é de fazer avanço grande na infraestrutura, como a implantação de small cells e de fibra. A infra ótica, ele afirma, já soma mais de 15 mil km sem contar a malha adquirida com a compra da AES Atimus em 2011.
"É inegável que tem possibilidade real de consolidação, e tem mudado, antes era só um player, daí ela foi em frente, fez movimento na Telecom Italia, e não aconteceu", diz, referindo-se à Telefônica. Abreu diz que a controladora italiana, inclusive, tem melhorado o desempenho nos últimos 12 meses, diminuindo a dívida e aumentando a capacidade de geração de fluxo de caixa, justificando que a empresa não teria interesse em se desfazer da operação brasileira.
Plano industrial
Rodrigo Abreu diz que as reuniões com a Telecom Italia ainda não terminaram para definir como ficarão os investimentos para o triênio 2015-2018. "O plano industrial ainda não foi fechado, vai acontecer a apresentação até o final do ano, e vamos divulgar em janeiro", declarou.
