IA generativa deve acelerar demanda por infraestrutura, aposta Huawei

Imagem: Foto de ThisIsEngineering/Pexels

Com a utilização de Inteligência Artificial (IA) generativa, a quantidade de dados gerados nos próximos anos deve aumentar de forma acentuada, acelerando a demanda por serviços e soluções de infraestrutura.

A análise foi feita por Luciano Saboia, diretor de telecomunicações da IDC na América Latina, durante o Huawei Eco-Connect Summit nesta terça-feira, 11. Segundo a consultoria, a quantidade de dados gerados em 2027 será de 9.2 petabytes, mais do que o dobro na comparação com 2022 (3.4 petabytes).

Assim, algumas frentes devem elevar a taxa de crescimento anual composta (CAGR) entre 2017 e 2028, como edge computing (33,4%), projetos de Internet das Coisas, core de redes (30,4%), geração de dados (24,8%) e endpoints (11%).

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"O aumento exponencial do uso de modelos de IA é uma das razões para essa tendência", afirma Saboia. Esse movimento tende a resultar em novos desafios de hiperconectividade, com o processamento de dados cada vez mais distribuídos entre diferentes modelos de infraestrutura.

"A inteligência artificial é o grande diferencial em termos de competitividade e produtividade, impactando positivamente todas as indústrias. Por isso, nos próximos anos, a aceleração da transformação digital será ainda mais disruptiva e cada vez mais exponencial", acrescentou Tony Zse, presidente da Huawei Enterprise na América Latina, durante a cerimônia de abertura do evento.

Hoje, 31% já das empresas investem em IA generativa, ao passo que 30% estão testando ou desenvolvendo alguma prova de conceito, segundo a pesquisa do IDC. E 39% apontam que os serviços integrados continuam atrativos. "De alguma maneira, as empresas já estão utilizando (a IA generativa) e desenvolvendo, para impulsionar a tecnologia de acordo com a sua expertise ou prática."

Questionadas sobre as áreas de negócio que a IA generativa pode impactar nos próximos 18 meses, 32% avaliam que a maior influência será no desenvolvimento de software, 24% no desenvolvimento de produtos, 21% no engajamento de clientes, 18% em marketing e relações públicas, e 16% no impacto para vendas.

Parcerias

Para avançar, uma das apostas é a Huawei é o programa de parcerias. Segundo o vice-presidente do departamento de desenvolvimento de parceiros de negócios da companhia no Brasil, Ricardo Matsui, a Huawei investiu US$ 28 milhões no ano passado nesse ecossistema. O aporte inclui tanto a vertical de enterprise quanto a de nuvem.

"Estamos em um momento importante para a economia global no qual a transformação digital está sendo acelerada através de tecnologias inteligentes", afirma Matsui.

Cloud

No ano passado, o estudo Data Center Cloud, da IDC, mostrou que quase a metade (38%) das empresas ouvidas no Brasil contam com data centers próprios. Além disso, 26% têm infraestrutura de nuvem pública (Iaas ou Paas), 21% têm data center contratado como colocation, 8% têm data center contratado como hosting, e 7% contrato de Software as a Service (SaaS) na nuvem de provedores.

Para o diretor da consultoria, as empresas buscam sistemas em nuvem por conta da resiliência. "A cloud oferece maior confiabilidade, escalabilidade e é a infraestrutura ideal para aquele momento sazonal, onde a empresa muitas vezes precisa de velocidade para crescer, mas também precisa fazer um ajuste", explica Saboia. 

Essa tendência está diretamente relacionada aos planos de pagamento por uso, criado para levar ao mercado uma opção mais flexível na tentativa de rebalancear as finanças das companhias, acrescenta ele.

Na avaliação de Yang Hua, presidente da Huawei Cloud no Brasil, as oportunidades da expansão em nuvem estão na incorporação de tecnologias digitais nos ambientes produtivos. "A agilidade e a complexidade dos atuais ambientes de negócios demandam ferramentas que sejam seguras, transparentes e que contem com suporte rápido e adequado. Cada vez mais, as empresas precisarão lidar com dados de maneira mais racional", diz.

PMEs

Do lado das pequenas e médias empresas (PMEs), 64% afirmam que a velocidade de Internet é o principal diferencial para a escolha do pacote de serviços, segundo o IDC. Ainda, 46% dizem que melhorar a segurança da Internet está no topo dos investimentos em tecnologia nos próximos 12 meses, enquanto 32% acreditam que a FWA impactará o mercado de banda larga.

Wi-Fi 7 no Brasil

Um dos destaques do evento foi o anúncio de que o Wi-Fi 7 deve começar a ser comercializado no Brasil no final do ano, ocupando espaço na faixa de 6 GHz. De acordo com o diretor do Instituto de Engenheiros Eletro Eletrônicos (IEEE), Osama Aboulmagd, o Wi-Fi 7 tem uma capacidade de processamento quatro vezes maior do que a anterior.

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