Generali iniciará procedimentos para dissolução da Telco

Nada de mares calmos ou céu de brigadeiro para o grupo espanhol Telefónica quando o assunto é a Telecom Italia. Ao contrário, a holding que no Brasil controla a Vivo está cada vez mais contra a parede.

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Nesta quarta, 11, o conselho de administração da companhia de seguros italiana Assicurazioni Generali autorizou seu CEO, Mario Greco, a iniciar o processo para definir os procedimentos de dissolução da Telco, holding maior acionista da Telecom Italia com 22,4%. A ideia da Generali e das outras duas sócias italianas Intesa Saopaulo e Mediobanca é sair da sociedade ainda em junho, a primeira janela de exceção para dissolução da sociedade do acordo firmado entre Telefónica e as empresas italianas em setembro do ano passado, quando a espanhola aumentou sua participação no capital total da Telco para 66% através da compra de ações preferenciais (sem direito a voto) para acalmar os ânimos das italianas, que pressionadas pela desvalorização da Telecom Italia, pretendiam vender sua participação.

Com a dissolução da Telco, as empresas passam a deter diretamente ações da Telecom Italia – o que é bom para as italianas, porque querem se desfazer desses papéis, e péssimo para a Telefónica que verá seu controle diluído. Hoje a espanhola é a maior acionista da Telco com 44,6% das ações de controle.

A Telco não precisaria necessariamente desaparecer. A Telefónica tem o direito de preferência para a compra das ações das demais sócias, mas uma decisão do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) não apenas a proíbe de aumentar sua participação na Telecom Italia, como também determina que a espanhola se desfaça de sua participação na Telco (e, indiretamente, na TIM), ou arranje um outro sócio para dividir o controle da Vivo nas mesmas condições que tinha com a Portugal Telecom. A Telefónica recorreu da decisão do Cade e da multa de R$ 15 milhões por ter aumentado a participação na Telco em setembro, mas perdeu.

Com o impedimento da Telefónica, é possível que outro investidor compre os 54% do controle da Telco da mãos das italianas e isso seria igualmente ruim para o grupo espanhol porque este passaria a ser minoritário na composição societária.

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