Termina o estoque de endereços IPv4 na América Latina

Oficialmente o estoque de endereços IPv4 acabou em toda a América Latina. Em comunicado, o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br) e o Registro de Endereçamento da Internet para a América Latina e o Caribe (LACNIC) informam que já se iniciou a fase de "terminação gradual" dos endereços IPv4, em que organizações poderão receber, no máximo, 1.024 endereços IP (equivalente a um prefixo /22) a cada seis meses, mesmo que justifiquem a necessidade de blocos maiores.

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Para esse processo de terminação gradual foi reservado o equivalente a dois milhões de endereços IPv4 através de uma política proposta e aprovada pela própria comunidade Internet. Uma vez acabado este estoque, existirão ainda dois milhões de endereços IPv4 que serão distribuídos somente para novos solicitantes, limitados a uma única alocação por solicitante de, no máximo, 1.024 endereços. "A partir do momento em que o estoque IPv4 chegou perto do esgotamento na região, adotou-se um estoque único. Com isso, houve aumento da transparência na atribuição de recursos. Quando o estoque da região termina, o estoque do Brasil também chega ao fim", relata o diretor-presidente do NIC.br, Demi Getschko.

O estoque de endereços IP é um recurso finito, limitado a quatro bilhões de endereços na versão 4, e o crescimento de usuários e serviços na Internet implicou naturalmente em um consumo mais rápido desses recursos. A solução para o contínuo crescimento da rede é o uso do protocolo IP na versão 6 (IPv6), que tem um enorme espaço de endereçamento, de tamanho adequado para atender por muito tempo as necessidades futuras da Internet, informa o NIC.br.

Atualmente, no Brasil, 68% das organizações que fazem parte da Internet como Sistemas Autônomos já se conscientizaram e alocaram blocos IPv6. "É sempre válido salientar que nada de errado aconteceu com o IPv4. O esgotamento de endereços nessa versão do protocolo faz parte do crescimento da Internet, e no Brasil seu crescimento é notavelmente grande. Nesse momento, a preocupação principal é estimular a adoção do IPv6", complementa Getschko.

O fim dos endereços IPV4 no Brasil acontece três anos após a Ásia e quase dois anos após a Europa.

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