Dados da PNAD divergem da Anatel sobre TV paga; streaming e pirataria explicam

Foto: Pixabay

A TV por assinatura apresentou uma leve queda de 0,1 ponto percentual em 2022 na penetração nos lares brasileiros, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) divulgados nesta quinta, 9. Segundo a pesquisa, o serviço estava, no ano passado, em 27,7% dos lares. Ao se considerar o aumento no contingente no número de domicílios, o serviço teria, de acordo com o PNAD, ampliado a sua base de 20,26 milhões para 20,85 milhões de lares.

O número não encontra respaldo nos dados divulgados pela Anatel, que apontava 12,5 milhões de contratos do serviço pago de TV no final do ano, ou 14,1 milhões, considerando aqueles com o serviço livre de assinatura. A pesquisa do IBGE se caracteriza por ser um retrato baseado em entrevistas com a população e não diferenciar modalidades do serviço de TV paga. A enorme discrepância, portanto, pode estar ligada à evolução no volume de contratos de serviços de TV baseados em streaming (sem licenças do SeAC) e à pirataria.

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Os dados da PNAD podem ser usados, portanto, para medir o tamanho da população que se considera cliente de TV paga. Neste perfil, nota-se uma queda na penetração em área urbana, chegando a 28,8% dos lares, e um crescimento da rural, onde o serviços está presente em 19,8% dos domicílios.

Em 2022, entre os domicílios sem TV por assinatura, 35,3% não adquiriam esse serviço por considerá-lo caro e 53,7% não tinham interesse. Cerca de 9,2% não tinham o serviço de TV por assinatura porque acessavam vídeos (inclusive de programas, filmes ou séries) pela Internet, enquanto 1,1% não dispunham do serviço na localidade em que residiam.

O rendimento médio mensal real per capita nos domicílios com TV por assinatura em 2022 foi de R$ 2.693, quase o dobro do valor nos domicílios sem TV por assinatura, de R$ 1.360.

Streaming

Entre os domicílios com televisão, 43,4% (ou 31,1 milhões) declaravam utilizar algum serviço pago de streaming de vídeo. Dentro do agrupamento, 95,3% também acessavam canais de televisão, sendo 93,1% na TV aberta e 41,5% com TV por assinatura. Apenas 4,7% dos domicílios com acesso pago a streaming de vídeo não tinham TV aberta ou por assinatura.

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