Regulamentação de MVNOs não pode ser intrusiva, recomenda PWC

A regulamentação de operadoras móveis virtuais (MVNOs, na sigla em inglês) não deve ser intrusiva. Essa foi a principal recomendação feita por Maurício Giusti, executivo da PriceWaterhouseCoopers durante painel sobre o tema no 3º Forum Mobile+, nesta quinta-feira, 9, em São Paulo. "A relação precisa ser de ganha-ganha entre a operadora e a MVNO. Esse é o modelo que tem se mostrado mais acertado no resto do mundo", disse Giusti. Alguns possíveis exemplos de uma regulamentação "intrusiva" seriam obrigar as operadoras tradicionais a cederem suas redes para as MVNOs ou pré-fixar os preços para o aluguel delas.
Outra questão regulatória que gera dúvidas entre as empresas interessadas em montar MVNOs é a interconexão entre redes móveis. "Se não houver uma redução da VU-M será complicado para as operadoras virtuais", ponderou Marcelo Zylberkan, diretor executivo da Titans Group, companhia que gere uma série de projetos de SIMcards customizados para os quais seria natural se tornarem MVNOs no futuro, como o "Chip do Timão", do Corinthians. Enquanto na Europa é possível uma operadora virtual comprar minutos no atacado a preços bastante baixos e revendê-los com uma boa margem de lucro, no Brasil a atual regulamentação de interconexão dificultaria isso.
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Giusti apresentou alguns números sobre o mercado mundial de MVNOs. Existem hoje cerca de 600 operadoras virtuais espalhadas pelo mundo. O país com o maior número é a Alemanha: 103. Porém, menos de 5% da base de assinantes de telefonia móvel no mundo pertence a MVNOs. Vale lembrar que há inúmeros casos de operadoras virtuais que não deram certo e saíram do mercado. "Não basta ter uma marca forte. É preciso ter um plano de negócios sólido, uma proposta de valor clara e uma área operacional bem estabelecida", aconselha Giusti.

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