A primeira experiência de um clube de futebol brasileiro com um SIMcard customizado, o "Chip do Timão", do Corinthians, registrou a ativação de 20 mil linhas em 60 dias. Ao todo, foram distribuídos 100 mil chips para o varejo. Outros 100 mil foram encomendados para essa primeira fase do projeto. O foco são os estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Rio de Janeiro. As vendas estão sendo feitas na rede de lojas "Poderoso Timão", assim como em sites de e-commerce e em revendedores de recarga. Com cerca de 30 milhões de torcedores espalhados pelo País, o clube estima que poderia ativar até 5 milhões de linhas com seu SIMcard customizado.
O projeto é gerenciado pela Titans Group e utiliza um chip da Claro. "É uma MVNO light: não compramos tráfego", esclarece o diretor executivo do Titans Group, Marcelo Zylberkan. Enquanto a receita de voz fica toda com a operadora, o clube e a Titans recebem uma participação na venda de conteúdo móvel com a marca Corinthians, acessível tanto pelo menu do SIMcard quanto pela web. São oferecidos alertas de gol, notícias, vídeos, ringtones, dentre outros. São criadas também promoções para os usuários, todas envolvendo o time. "O grande desafio é montar uma oferta de conteúdo móvel que seja atrativa para o torcedor", explica Zylberkan. O investimento no projeto por parte da Titans girou entre R$ 2 milhões e R$ 5 milhões.
Por enquanto o "Chip do Timão" é vendido apenas na modalidade pré-paga, embora o cliente possa, se quiser, solicitar à Claro a troca para pós-pago depois. A Titans planeja entrar no mercado de venda de recargas especificamente para os usuários do Chip do Timão a partir de novembro, usando os mesmos canais de vendas do SIMcard, além da web e do menu do chip. A empresa ganhará uma comissão da operadora, como qualquer outro revendedor de recargas.
No primeiro trimestre de 2011, a Titans promete lançar no mercado os chips de outros oito grandes clubes de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. No mesmo período lançará projetos similares com um programa de TV e com uma grande rede varejista, que estima vender até 2 milhões de chips nos primeiros 12 meses de operação. A empresa estuda a possibilidade de montar operadoras virtuais (MVNOs, na sigla em inglês) para essas diversas marcas tão logo a regulamentação seja aprovada. Zylberkan participou nesta quinta-feira, 9, do 3º Forum Mobile+, em São Paulo.