Algar Telecom avança receita no segundo trimestre, mas segue com prejuízo

Nesta última terça-feira, 8, a Algar Telecom divulgou os resultados operacionais do seu segundo trimestre de 2023. As operações da companhia obtiveram avanços em relação ao segundo trimestre do ano anterior, mas ainda apresentaram um prejuízo no período.

A operadora obteve uma receita líquida de R$ 684,4 milhões entre abril e junho deste ano, se unidas as receitas líquidas provenientes de serviços B2B e B2C. Os números representam um crescimento de 8,9% em relação há um ano atrás, mas se considerada a receita com a venda de modens, contabilizada separadamente no 2T22 e agora agregada no faturamento, a variação ficaria em 1,6%.  

Também destaca-se que o resultado líquido do 2T23 foi um prejuízo de R$ 32,8 milhões, frente perda de R$ 3 milhões no mesmo trimestre do ano anterior. Segundo a companhia, a variação foi ocasionada por um maior volume de amortização e depreciação, vindo de investimentos realizados nos últimos anos e por maiores despesas financeiras. 

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O mercado corporativo (B2B), foco principal dos serviços da companhia implicando em mais de 70% da receita, foi impulsionado pelos produtos TIC e Machine-to-Machine (M2M), que responderam por 27% de toda a receita gerada por clientes corporativos. Dessa forma, a receita de serviços B2B cresceu 7,2%

Já no mercado de varejo (B2C), 98,8% dos clientes banda larga já estão em fibra ótica, trazendo destaque a esse produto. A melhor experiência e satisfação dos clientes no uso da Internet garantiu um crescimento de 12,7% na receita, notou a Algar, ao abordar os números afetados pela inclusão de modens da base do faturamento. 

Em janeiro de 2023 a empresa alterou a sua forma de comercialização dos equipamentos, passando do regime de vendas para comodato. Com isso, eles deixaram de ser vendidos (e discriminados) de forma separada e passaram a compor o preço dos serviços. No mesmo sentindo, os gastos da empresa para a aquisição desses equipamentos saíram de custos para capex (que reduziu 4,2% no trimestre, para R$ 134 milhões).

Tratando de EBTIDA, o índice do 2T23 evoluiu 8,0% (para R$ 293,4 milhões), com um ganho de 2,6 p.p na margem – para 42,9%. O desempenho foi resultado da integração entre Algar Telecom e Vogel e iniciativas de eficiência operacional e digitalização, que compensaram parte da pressão inflacionária que enfrentaram no período.  

Em questão de endividamento, em 30 de junho de 2023 a dívida bruta da Companhia somava R$ 3,261 bilhões, uma queda de 3,9%, em relação a 31 de dezembro de 2022. O resultado foi possível graças às amortizações efetuadas no período terem sido maiores que a captação, de R$ 300 milhões, efetuada por meio da 13ª emissão de debêntures.

ESG

Os louros para Algar vieram para além dos números financeiros, já que foi eleita, pela 10ª vez consecutiva, a telecom com melhores práticas ESG, segundo levantamento da revista de negócios Exame. A consagração se dá pelo compromisso com a sustentabilidade, afirma a empresa. "Isso nos traz uma mescla de satisfação e ainda mais comprometimento com a continuidade da evolução no cuidado com as pessoas e com a observação de cada detalhe de nossas operações e atividades para reduzir impactos e garantir os melhores processos para a preservação ambiental", declararam em relatório. 

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