A TIM deve concluir este semestre um plano de reestruturação para melhorar seus resultados que ficaram abaixo do esperado no último trimestre. O presidente da companhia, Mario Cesar Araujo, disse que a empresa vai adotar um modelo de custos mais flexível com foco em negócios convergentes. A estratégia da TIM, no entanto, não é a aquisição de empresas no País, mas a celebração de parcerias.
Menos subsídios
Outra estratégia será o reposicionamento do canal de vendas com revisão dos custos de comissionamento. Segundo Araujo, uma das razões para a queda da rentabilidade no trimestre foi a oferta de produtos incentivados com subsídios, estratégia que será repensada. "O movimento, no entanto, nos garantiu 62% de market share no Estado de São Paulo", afirmou. Sem revelar números, destacou que as vendas de serviços 3G "vão muito bem" e que a empresa tem conseguido oferecer qualidade na rede e velocidades compatíveis a custa de pesados investimentos na infra-estrutura.
PGO
Sobre as mudanças no PGO (Plano Geral de Outorgas) atualmente em pauta na Anatel, Araujo destacou que as sugestões da TIM já são de conhecimento da agência: permitir o unbundling e a portabilidade numérica. Outra questão é que as mudanças não criem assimetrias regulatórias e inibam investimentos. "A agência não pode criar uma empresa com poder de mercado significativo e impedir que outras empresas cresçam também. É necessário garantir a competição", afirmou. O executivo também é favorável à entrada em vigor do PL/29 o mais rápido possível. Ele só se mostrou reticente quanto ao uso Fistel para outros fins que não a universalização dos serviços de telecomunicações.