Papéis da Telemig e BrT sofrem com hipótese de leilão

Depois das fortes altas registradas nos últimos dias, as ações da Telemig Celular tiveram um declínio expressivo nesta quarta-feira, 9. Menos pelos resultados trimestrais mais fracos do que os esperados, mais pelas dúvidas a respeito da oferta de venda formulada pelo controlador, o Opportunity.
No entusiasmo pela venda, os investidores levaram as ações ON (com direito a tag along) a uma valorização de 17% nos primeiros seis pregões de março e 9,7% no ano. As PN tiveram altas, respectivamente, de 10,5% e 13,7%. Nas dúvidas sobre os negócios, as ON caíram nesta quarta-feira, 4,86%, e as PN, 5,56%.
A principal dúvida é sobre a hipótese de venda para a Brasil Telecom, do mesmo controlador. Entre os analistas, a leitura é que se não houver mudança de controle, não haverá obrigatoriedade de pagamento de tag along para acionistas minoritários.

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A dúvida seguinte é sobre os aspectos societários dessa venda: a disputa que desgasta a Brasil Telecom contaminaria também as operadoras de celulares. Até agora, a volta da Telecom Italia ao controle da BrT só coloca em questão a operação ainda inicial da BrT GSM. Com a compra das duas outras operadoras, o nó seria bem maior.
A hipótese de compra da Telemig Celular e da Tele Norte Celular também derrubou a Brasil Telecom nas bolsas. Entende-se que a aquisição das operadoras pela Brasil Telecom agregaria pouco valor à operação fixa, dada a falta de sinergias entre elas. Jaffrey Noble, do BBVA, por exemplo, acha que é um grande erro. Acredita que a Telemig Celular não oferece nada do ponto de vista estratégico. O melhor seria utilizar o caixa para expandir sua operação por conta própria na sua área de atuação.

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