Soluções de mobile wallet nem sequer decolaram ainda, mas na CES 2013 especialistas no assunto já discutem novas fontes de receita para os provedores desse tipo de serviço. Em painel sobre o tema, foi destacado o potencial existente na integração entre uma carteira móvel e campanhas de marketing.
"Em uma mobile wallet controlamos e medimos tudo. Podemos saber exatamente que cupom virtual ou propaganda levou o cliente até uma loja. Isso é importante para o pessoal do marketing, pois poderá medir de onde vêm os resultados", disse Jim Stapleton, executivo da Isis, joint-venture de m-payment que reúne três operadoras móveis norte-americanas. No aplicativo da Isis, os consumidores podem escolher os varejistas dos quais gostariam de receber ofertas. "Mesmo que as compras via carteira móvel representem 5% do total, ainda assim é uma boa amostra. Para o varejista, isso é melhor do que não saber de onde vem nenhum dos consumidores, como acontece hoje", completou.
Outra oportunidade reside em integrar o app da carteira móvel com o app de mapas do celular. "Poderemos informar no mapa quando o usuário estiver perto de um estabelecimento que marcou em sua carteira como favorito", disse Peter Hazlehurst, executivo do Google, que nos EUA oferece a solução Google Wallet, via NFC.
Interface
A interface com o usuário das carteiras móveis também passará por transformações significativas no futuro. Hazlehurst, por exemplo, prevê uma comunicação com o óculos digital do Google, ainda a ser lançado. "Quem sabe uma solução de compra com uma piscadela?", exemplificou, em tom de brincadeira. Edward McLaughlin, executivo da Mastercard, revelou que a empresa vem testando em seus laboratórios uma solução de compras usando o Kinect do Xbox: o consumidor "pega" virtualmente o que quer comprar e "bota" dentro do carrinho de compras virtual, na tela da TV.
