Transformação digital na saúde passa por compartilhamento de dados, dizem especialistas

Especialistas que participaram nesta terça-fera, 8, do Painel Telebrasil Talks, evento que discutiu temas voltados para saúde e energia, apontaram que o grande desafio para se ter uma saúde integrada e em sintonia com a transformação digital é encontrar formas integradas para compartilhamento de dados.

Segundo Vera Valente, Diretora Executiva da FenaSaúde, existe uma dificuldade cultural no aspecto do compartilhamento de dados. "O governo precisa entrar para mudar essa cultura. Devemos ter uma política de Estado voltada para a construção de uma política integrada para o compartilhamento de dados", disse.

Esse compartilhamento de dados, aponta Valente, seria uma forma de otimizar o tratamento e permitiria um acompanhamento da trajetória de saúde do paciente. "Hoje estamos em busca de interoperabilidade dos dados dos pacientes. Isso porque um paciente tem uma trajetória na sua saúde: ele é atendido em um médico, depois vai em outro e depois busca um hospital. E todos esses dados devem estar acessíveis para permitir o uso dos dados para organizar a jornada do paciente e melhorar a eficiência", afirmou a representante da FenaSaúde no evento.

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Atendimentos e desafios

Valente disse ainda que durante a pandemia, foram realizadas 80 milhões de consultas por telessaúde, com um índice médio de solução de 94% e de satisfação de mais de 80%. "A telessaúde trouxe uma economia também para os hospitais. Também vimos que o SUS é importante durante a pandemia, assim como vimos a importância da saúde suplementar".

Já Cleiton Alessandro Vieira Caldeira, Gerente de TI e Projetos de Inovação do InovaHC, acredita que uma cultura tem de ser criada nos hospitais. "Precisamos adaptar o modelo atual para o trazido pela transformação digital que as novas tecnologias ocasionaram para a área da saúde", afirmou.

Jacqueline Lopes, Diretora De Relações Institucionais da Ericsson para América Latina, destacou as funcionalidades do 5G. Segundo a executiva, a quinta geração de redes móveis potencializa a saúde remota, permitindo a realização de cirurgias. Lopes também destacou que é importante que toda a sociedade reconheça os benefícios que a tecnologia traz.

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