A Vivo aumentou sua planta total – capacidade de habilitar celulares – em 50%, de 2003 para 2004, ao implantar novas centrais de comutação com o objetivo de preparar sua rede para novos aplicativos e serviços convergentes. Ao mesmo tempo, conseguiu reduzir os custos operacionais em cerca de 8%. Este ganho em custos poderá se repetir no próximo ano, afirma o vice-presidente de tecnologia e redes da operadora, Javier Rodríguez, que participou, nesta sexta feira, 8, de seminário restrito aos executivos da Vivo, em Brasília.
Os resultados, na verdade, não representam milagre tecnológico, mas a simples substituição da comutação por circuitos (que exigia inclusive circuitos dedicados para o trânsito entre as estações) pela comutação por pacotes utilizando protocolo IP. As antigas centrais, que ocupavam 30 metros quadrados, foram substituídas por outras de mesmo porte que ocupam apenas 3 metros quadrados. Estas centrais também consomem menos energia elétrica, diminuindo o custo de operação. A operadora também vem aumentando o percentual de uso de backbones próprios para cursar as ligações de longa distância: passou de 32% em 2003 para 46% em 2004, devendo atingir cerca de 55% ao final de 2005. Ao diminuir o uso de circuitos alugados de outras empresas, a Vivo consegue mais autonomia e liberdade para atuar de forma sinérgica.
Unificação de plataformas
Rodríguez destaca ainda a unificação das diversas plataformas de serviço da empresa como forma de oferecer facilidades e opções aos usuários: ?Quando começamos a trabalhar existiam sete sistemas de cobrança, seis sistemas de pré-pagos e quatro fabricantes de equipamentos. Estamos unificando tudo isso através de uma plataforma única que permite a agregação de novas facilidades e serviços a qualquer momento.? Fernandes explicou que a unificação já permite aos usuários corporativos – e brevemente a qualquer usuário, inclusive os que optaram pela modalidade pré-paga -, programar em tempo real pela internet (ou até mesmo por determinados modelos de handset) os serviços que deseja usufruir, e alterar esta escolha a qualquer tempo. O diretor da Vivo explica que esta flexibilidade somente foi possível com a unificação dos sistemas de billing da empresa.