IA se aproxima cada vez mais das empresas de telecomunicações, mas alguns desafios perduram, revela estudo

Inteligência Artificial
Foto: Pexels

Nesta quinta-feira, 7, a Nokia divulgou seu estudo colaborativo com a Analysys Mason. A pesquisa mostrou que muitas das empresas de telecomunicações já incorporaram a Inteligência Artificial (IA) em diversas áreas operacionais.

O estudo, conduzido em 2023, envolvendo 84 diretores de operadoras de telecomunicações de várias partes do globo, incluindo a América Latina, buscou compreender o nível de utilização da Inteligência Artificial (IA), os objetivos almejados e os casos de uso mais comuns.

Apesar do avanço, ainda existem desafios a serem superados para otimizar a eficiência dessas operações.

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Em termos de automação alcançada por meio da IA, 55% dos operadores atingiram um estágio intermediário, implementando automação em tarefas específicas e ações operacionais, enquanto 18% permanecem em um estágio básico de automação.

Já no que diz respeito aos objetivos estratégicos ao adotar a IA, 28% dos operadores destacaram a busca pela melhoria na qualidade do serviço como principal meta. Outros 24% visam aumentar suas receitas por meio da implementação de soluções baseadas em IA, enquanto 22% concentram esforços na melhoria da experiência do cliente.

As soluções de segurança e cibersegurança impulsionadas pela IA lideram os casos de uso implementados, com 55% dos operadores já utilizando essas soluções. Além disso, 50% incorporaram IA para o design e planejamento de redes, enquanto 48% aplicaram soluções para atendimento ao cliente e aprimoramento da experiência do cliente.

Entre os principais desafios encontrados na implementação de soluções baseadas em IA, 23% dos operadores destacaram a obtenção de dados de alta qualidade como o principal obstáculo, seguido por 18% que apontaram a falta de maturidade tecnológica e 15% que mencionaram as dificuldades de escala nos casos de uso.

Sobre os fatores que impactam a duração dos projetos, 52% dos operadores destacaram o tempo necessário para criar modelos a partir do zero como a etapa mais demorada. Adicionalmente, 51% apontaram o tempo para acessar dados e o tempo requerido para treinar equipes como desafios significativos.

Ao discutir os critérios cruciais na escolha de um fornecedor de IA, a capacidade de oferecer serviços gerenciados foi destacada como o fator mais relevante, com 24%, seguido por 23% que consideram a experiência em telecomunicações e IA, e 21% que valorizam a experiência em telecomunicações. 

Apesar da presença generalizada da Inteligência Artificial nas redes de telecomunicações, o mercado ainda se encontra, segundo o Diretor de Tecnologia da Nokia para a América Latina, Wilson Cardoso, em um estágio intermediário de automação e uso de IA, enfatizando a necessidade contínua de implementação de soluções inovadoras para alcançar níveis mais elevados de eficiência, segurança e monetização. 

No encontro com a imprensa para apresentação do estudo, realizado de forma remota também nessa quinta-feira, Cardoso destacou que "um fator fundamental que as redes alimentadas por inteligência artificial com informações, que vão para a inteligência artificial, são mais adaptáveis, autônomas e flexíveis".

A integração deste tipo de tecnologia deve, segundo a companhia, possibilitar a simplificação das operações, resultando em maior eficiência, redução de custos e satisfação do cliente. Outros aspectos, como desempenho da rede, segurança, atendimento ao cliente e retenção também serão beneficiados.

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