Em setembro, a tecnologia LTE caminha a passos largos enquanto todas as outras continuam a cair. De acordo com dados divulgados nesta segunda, 7, pela Anatel, a 4G continua seguindo o crescimento previsto e deverá confirmar a projeção de ultrapassar o GSM já no balanço referente a outubro. Por outro lado, com 251,028 milhões de acessos, a base total brasileira voltou a apresentar mais de um milhão de desconexões (0,42% de recuo) – mais em decorrência do encolhimento da base 3G/WCDMA do que pela queda em 2G.
A base LTE no País chegou a 49,389 milhões de linhas, um crescimento de 6,56%, mantendo o ritmo dos últimos três meses de crescimento acima de 3 milhões de adições líquidas. No acumulado de 12 meses, a tecnologia já avançou 170,7%, adicionando 31,144 milhões de acessos à base.
Nesse universo 4G, a operadora que obteve maior crescimento foi, novamente, a líder Vivo, com mais de um milhão de adições líquidas (aumento de 6,10%), totalizando 17,515 milhões de linhas. Apesar do avanço, a empresa vem diminuindo em participação devido ao aumento das demais combinadas, totalizando em setembro 35,46%, ou 2.67 pontos percentuais (p.p.) abaixo do registrado em igual período de 2015.
Quem mais cresceu proporcionalmente, no entanto, foi a Claro: 8,21%, totalizando 9,555 milhões de linhas na tecnologia (terceira colocada). A segunda maior operadora no segmento é a TIM, com 13,658 milhões de acessos (aumento de 6,12%). A Oi fechou setembro com 7,631 milhões de linhas, avanço de 6,94%; e a Nextel passou da barreira de um milhão de linhas (ficou com 1,028 milhão) no mês após avanço de 2,91%.
Quase superada
A base GSM (2G) já encolheu um pouco mais de um terço em um ano, ou 26,743 milhões de desconexões. Assim, em setembro, contava com 53,261 milhões de acessos (queda de 2,71% no mês). Também mantendo esse ritmo, a tecnologia 2G deverá ter menos de 52 milhões de acessos em outubro, sendo finalmente superada pela 4G como segunda maior base do País.
Confira no gráfico abaixo a convergência das linhas de LTE e GSM, quase se encontrando em setembro. Vale notar que 12 meses atrás, a diferença entre as tecnologias era de pouco menos de 62 milhões de acessos. Ainda assim, há um longo caminho para a 4G percorrer antes de se pensar na superação do WCDMA, que deverá continuar dominante no mercado brasileiro durante 2017.
3G
Com 131,466 milhões de linhas, a tecnologia de terceira geração ainda é a maior base no Brasil, embora perca mais acessos do que qualquer outra no serviço móvel pessoal. Foram 2,641 milhões de desligamentos em setembro (queda de 1,97%). Na soma de 12 meses, a perda já foi de 29,132 milhões de conexões (18,14% de encolhimento).
A companhia que observou maior quantidade de desligamentos foi a TIM, com 760,2 mil desconexões (2,34% de queda), embora ainda se mantenha na segunda posição do mercado, com 24,11% de share. A Vivo vem em seguida, com 24,07%, após encolhimento de 1,81% na base em setembro. A líder continua sendo a Claro, com 42,756 milhões de acessos (participação de 32,52%), apesar da queda de 1,59% no mês. Confira no gráfico abaixo.
Máquinas
Os acessos do mercado de máquina-a-máquina (M2M) continuam quase estagnados, com 7,265 milhões de linhas para M2M padrão (com intervenção humana, como máquinas de cartão de crédito) e 4,827 milhões de acessos M2M especial (sem intervenção humana). Com queda de 0,3% e avanço de 3,09%, respectivamente. No comparativo anual, entretanto, o M2M especial mostrou um avanço de 79,13%, sendo a única tecnologia além do LTE a mostrar aumento na base móvel.
Somente agora em setembro/2016 o número de usuários 3G (41,82%) da OI no MS é maior que o 2G (41,70%). SP é o único estado os usuários OI do LTE (21,69%) é superior ao 2G (21,62%).
Na TIM a quantidade de clientes 4G já é maior que o 2G em: AM, AP, DF, RJ, RR, SC, SE, SP. Outro dado importante é que no DDD 61 o número de cliente da TIM (100.113) continua o mesmo desde Janeiro/2015.
Na VIVO a quantidade total de clientes 4G já 26,42% contra 25,85% do 2G e 47,73% do 3G. Nela, nas unidades: AM, CE, DF, PR, RJ, RN, RR, RS, SC e SP o 4G supera o 2G enquanto que em TO o 2G (41,62%) ainda detém maior percentual de usuários que 3G (39,87%) e 4G (18,51%).
Na claro o LTE(4G) só não supera o GSM (2G) em: BA, CE, PE, PI, RN.
Esta operadora também possui alguns locais onde os clientes GSM não chegam a 1000.
DDD Estado Quantidade
68 AC 365
96 AP 37
98 MA 296
37 MG 763
94 PA 164
95 RR 189
Será que a empresa pretende conceder algum incentivo para que os clientes migrem para a próxima geração possibilitando assim um desligamento do 2G e um reaproveitamento das frequências no 4G?