TIM descarta recuperação de perdas estimadas em R$ 173 milhões

O presidente da TIM, Mario Cesar de Araujo, disse nesta quarta-feira, 7, que os R$ 173 milhões que a empresa deixou de cobrar de seus clientes nos últimos quatro anos não serão recuperados. Isso porque boa parte dos clientes – responsáveis por R$ 118 milhões ? não está mais na base da operadora. Para o restante ? correspondente à perda de R$ 54,7 milhões ? a empresa prefere não fazer nenhuma campanha para recuperação do dinheiro para não correr o risco de perder clientes antigos.
Araujo evitou culpar alguém pelo erro e disse que a empresa vai se adequar para manter os guidances previstos para 2009. ?Não houve dolo de nenhum funcionário. Houve crescimento rápido da empresa e sistema inadequado?, afirma. O erro foi detectado quando a TIM implantou um novo sistema de crédito e cobrança para automatizar e tornar o processo mais flexível. O valor perdido representa cerca de 3% da receita de vendas de aparelhos desde 2004. Araujo reforçou que se trata de um impacto não recorrente, ou seja, não restará nada para ser debitado nos próximos trimestres.
A TIM agora está se esforçando para cumprir as previsões de base de assinantes, market share, receita e Ebitda conforme prometido aos seus acionistas. ?Estamos buscando eficiência. Alguns serviços não serão mais lançados, as ofertas mais agressivas de convergência serão diminuídas etc.? A TIM pretende chegar em 2009 com 33 milhões de assinantes na base (hoje tem 29 milhões), market share de 27% (25,9% atualmente) e margem Ebitda em torno de 28% (hoje é 22,4%). As metas para 2007 também estão mantidas.

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3G

Assim como o presidente da Vivo, o principal executivo da TIM também achou alto os preços mínimos estabelecidos pela Anatel para os lotes das faixas de terceira geração. ?Todos nós esperávamos que os preços fossem menores por conta dos compromissos de abrangência. Mas quem não entrar está fadado a praticamente sair do mercado, porque o setor exige atualização tecnológica constante?.
Araujo explicou também que o ex-conselheiro da Anatel, José Leite Pereira, equivocou-se quando afirmou, na semana passada, que a TIM havia solicitado autorização da agência para operar a terceira geração na faixa de 850 MHz. A TIM, esclarece o executivo, pediu apenas autorização para realizar testes de 3G em 850 MHz. Segundo o presidente da TIM, a Anatel está criando uma ?assimetria competitiva? ao permitir que as faixas de 850 MHz e de 1,9 GHz (recém-adquirida pela Vivo) possam ser usadas para 3G, assim como as demais faixas destinadas ao serviço móvel. Isso porque nessas faixas não existem os compromissos de abrangência que a agência está impondo para a faixa de 2,1 GHz, que será leiolada em dezembro.
?O Brasil perde. Perde na economia de escala e perde no compartilhamento de sites etc?. Para que suas concorrentes não operem em 3G ?com grande distanciamento?, Araujo afasta a hipótese de contestação do leilão por causa do preço elevado.

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