A decisão ainda não é oficial, mas diversas fontes dos fundos de pensão garantem que eles estão dispostos a acompanhar os aumentos de capital aprovados nas empresas Opportunity Zain e Invitel, que participam do controle da Brasil Telecom. Os aumentos, de R$ 186 milhões cada um, foram aprovados em junho e têm como objetivo pagar uma parcela de um financiamento do BNDES. Para acompanhá-los, as fundações desembolsarão aproximadamente R$ 130 milhões, se somadas as participações acionárias diretas da Previ, Petros e Telos na Invitel e a participação acionária do fundo Investidores Institucionais FIA (ex-CVC Opportunity Equity Partners FIA), do qual os fundos de pensão são cotistas, no Opportunity Zain. As decisões sobre os aumentos de capital precisam ser tomadas até os dias 13 e 16, respectivamente.
Em uma reunião prévia, os cotistas do Investidores Institucionais deram uma sinalização positiva ao gestor do fundo acerca do interesse em acompanhar aumento de capital em Opportunity Zain. ?Se não acompanharmos, nossa participação no patrimônio da Brasil Telecom será diluída?, justifica uma fonte. ?Parece que o Opportunity está testando o fôlego dos fundos de pensão?, complementa. O banco de Daniel Dantas é o controlador de Opportunity Zain e de Invitel.
Desgaste
Entre as fundações que já teriam tomado a decisão a favor de participar do aumento estão Telos e Funcef. Esta última, porém, está aguardando o posicionamento da Previ, cuja decisão depende da aprovação do conselho deliberativo. É esperado que a área técnica da Previ recomende a participação no aumento de capital, mas fontes admitem que será desgastante defender junto ao conselho a idéia de pôr mais recursos em empresas com um longo histórico de conflito entre sócios.
