As ações da Brasil Telecom e da Telemar, especialmente as preferenciais, figuraram entre as principais altas da Bovespa nesta quinta-feira, 5. As preferenciais da Brasil Telecom S.A. (BRTO4) subiram 3,26%; seguidas pelas preferenciais da Telemar Norte Leste (TMAR5), 2,9%; das preferenciais da Brasil Telecom Participações (BRTP4), 2,34%; e das preferenciais da Tele Norte Leste Participações (TNLP4), 1,4%. Entre as ordinárias, a TNLP3 subiu apenas 0,41%, enquanto a BRTP3 caiu 0,59%. A Bovespa fechou em alta de 0,42%.
A razão para alta das preferenciais estaria nas novas notícias sobre a possível fusão entre as duas empresas. De acordo com os jornais O Estado de São Paulo e Valor Econômico, os fundos de pensão e o Citibank estariam próximos de acertar a compra, por US$ 500 milhões, da participação da Telecom Italia na Brasil Telecom, equivalente a 38% da controladora Solpart.
O que se estranha é que um assunto dessa importância tenha sido divulgado em todos os seus detalhes antes do negócio ser fechado, em dois jornais de grande circulação. A pergunta que nenhuma das fontes de TELETIME News soube responder é: por que o negócio foi anunciado antes de ser concluído?
Uma eventual troca das ações preferenciais da Brasil Telecom por ordinárias poderia ser interessante aos preferencialistas se for feita a preço de mercado, sem diluir seu capital na companhia. ?Os preferencialistas ganhariam os direitos de voto e de tag along?, lembra o analista Eduardo Roche, do banco Modal.
Indagado sobre o andamento das negociações dessas ações, o presidente da TIM, Mario Cesar Araujo, disse que o assunto é tratado pelos acionistas e que não atingem a TIM.
Credit Suisse
Nesta quinta-feira, 5, a Brasil Telecom Participações (BTP) informou à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que o Credit Suisse DTVM adquiriu na Bolsa 6,56% das ações ordinárias emitidas pela companhia, em um total de 8.805.791 ações. Com isso, a Credit Suisse passou a deter 8.835.906 ações ordinárias da BTP. A Credit Suisse possui também 341.975 ações preferenciais da companhia.
À BTP, a Credit Suisse informou que tal aquisição não visa alterar o controle da companhia, tendo apenas caráter de investimento.