O lucro líquido da Telemig Celular Participações foi de R$ 148,1 milhões em 2003, resultado 118% acima do obtido em 2002. A receita líquida de 2003 ultrapassou a marca de R$ 1 bilhão, um crescimento de 15% em relação a 2002. O EBITDA foi de R$ 489,5 milhões, equivalente a uma margem EBITDA de 49%. Na comparação com 2002, o EBITDA aumentou 24%. O ano passado a Telemig apurou os níveis mais elevados de EBITDA e de margem EBITDA já registrados.
A receita média por cliente (ARPU) do segmento pós-pago elevou-se no último trimestre de 2003 para R$ 85,9 contra os R$ 80 registrados no trimestre anterior. É o sétimo trimestre consecutivo de elevação do ARPU no serviço pós-pago. Por sua vez, a receita média por usuário do segmento pré-pago ficou praticamente estável – subiu de R$ 18,4 para R$ 18,6 no quarto trimestre. O nível de inadimplência sobre a receita líquida de serviços manteve-se em 1,3% em 2003, inferior aos 2,1% registrados em 2002.
A Telemig encerrou o ano passado com 2,3 milhões de assinantes, crescimento de 21% em relação a 2002. A operadora estima deter um market share de 58%. Desse total, 30% são usuários pós-pagos e 70% são pré-pagos.
A maior parte do investimento deverá ser realizada nos primeiros 18 meses após o início do processo de adoção do GSM. Ao final de dezembro, a dívida total somava R$ 489,1 milhões. A dívida líquida era negativa, no montante de R$ 190,6 milhões, resultado da expressiva geração de caixa livre. A Telemig Celular Participações S.A. é controlada pela Telpart Participações S.A. (Telpart), que tem como acionistas o Opportunity e os fundos de pensão. A Telpart também detém o controle acionário da Tele Norte Celular Participações S.A. (Amazônia Celular).
Amazônia Celular
A Tele Norte Celular Participações S.A., controladora da Amazônia Celular S.A., registrou lucro líquido de R$ 3,8 milhões no ano passado, contra um prejuízo de R$ 24 milhões registrado em 2002. A receita líquida no ano foi superior a R$ 450 milhões, registrando crescimento de 12% em relação a 2002. O EBITDA foi de R$ 149,7 milhões ante os R$ 134,6 milhões de 2002. É o maior EBITDA já apurado pela companhia. A Amazônia fechou o ano passado com mais de 1 milhão de assinantes, crescimento anual de 9%. O market share estimado é de 43,3% nos cinco Estados em que opera (Roraima, Amazonas, Amapá, Pará e Maranhão). A Amazônia Celular estima que o custo total da migração do TDMA para o GSM oscile entre R$ 80 milhões e R$ 140 milhões. A maior parte dos investimentos deverá estar concentrada nos primeiros 18 meses do processo de migração.