A Associação Nacional de Investidores do Mercado de Capitais (Animec), a princípio, não parece disposta a investir contra o Opportunity diante das acusações levantadas pelo Citibank na Justiça de Nova York. Ao contrário, ao menos por enquanto, a entidade deixa o trabalho a cargo do banco norte-americano. É o que se entende das respostas enviadas pelo presidente da entidade, Waldir Corrêa, a três perguntas encaminhadas por email à Animec por este noticiário:
1) Durante a disputa entre Telecom Itália e Opportunity, a Animec se colocou contra a volta dos italianos à BrT, alegando que isso prejudicaria os minoritários. Como a entidade enxerga esse acordo recém firmado entre Opportunity e Telecom Itália? A Animec se sentiu alijada do processo?
Resposta: "Colocamo-nos contra a volta dos italianos, pois o arranjo não permitia anexar o celular, que entendemos que agrega valor para a companhia, e felizmente conseguimos. Fato Relevante diz que a Cia contratou a Merril Lynch para avaliação dos ativos. Devemos aguardar para analisar".
2) O Citibank, em sua ação que move em Nova York contra o Opportunity, acusa o banco de Daniel Dantas de ter fechado acordos de tag-along entre si mesmo e empresas que controla, como Telemig Celular e Amazônia Celular. A Animec pretende contestar esses acordos?
Resposta: "Não temos total conhecimento dos acordos entre controladores. Entendemos que o Citibank sentiu-se prejudicado e já tomou providencias jurídicas".
3) A Animec pretende questionar a contratação da Alcatel como fornecedora da BrT, haja vista a recente revelação de que a empresa francesa é cotista do Opportunity Fund, um dos acionistas da operadora?
Resposta: "Entendemos que o Citibank já está fazendo essa contestação".
